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"Nosso Grupo de Genealogia da Familia Freire será tão forte quanto seus membros o façam"

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Entrevista feita pelo Jornal do Commércio

por RACHEL MOTTA

INTERNET
Ache seus parentes na web
Publicado em 30.03.2005

 Infográfico


 

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Ache seus parentes na web
Publicado em 30.03.2005

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Sites de busca e de genealogia podem revelar toda uma parentada que você nem sabia que existia

por RACHEL MOTTA

rmotta@jc.com.br

Na internet se acha de tudo. Mas será que um dia você pensou em reencontrar ou conhecer parentes distantes através de uma simples busca online? Pois é, a rede mundial de computadores também tem sido usada como elo de ligação e um poderoso meio de aproximação entre pessoas com ancestrais comuns. A prova disso é a propagação de sites de família, de genealogia e de comunidades em endereços de relacionamento como Orkut e Gazzag.

A proposta dos sites de família e genealogia é resgatar as histórias dos antepassados, construir árvores genealógicas, trocar fotos antigas e, o mais importante, criar laços entre pessoas do mesmo sangue, isto é, de mesma origem.

“Saber de onde você veio e a história de sua família é muito importante. Na troca de fotos, a gente acaba descobrindo semelhanças físicas e isso gera uma identificação ainda maior. Também podemos saber como nossos antepassados viviam”, relata a organizadora do site Genealogia Freire, Consuelo Maria Freire.

A internet atua ainda como uma grande aliada para amenizar a distância e os limites geográficos entre pessoas que já haviam perdido o contato há muito tempo ou que nunca chegaram a se conhecer pessoalmente. O organizador do site Família Tourinho, Cláudio Tourinho, diz que em princípio o site era uma homenagem ao aniversário do pai. Hoje, quatro anos depois, ele comemora ter encontrado parentes na Argentina, Alemanha, França e Estados Unidos.

Cláudio Tourinho se diz espantado com a repercussão do site e em como está conseguindo unir gente e fortalecer o sobrenome da família. “É um prazer imenso conhecer e manter contato com pessoas de diferentes partes do Brasil e até do mundo e que, então, eu não sabia serem meus parentes.”

Para Consuelo Freire, não é fácil unir a família. Isso acontece porque as pessoas casam várias vezes, mudam de cidade e alguns não incorporam o sobrenome da família na certidão dos filhos. “Tudo isso atrapalha as pesquisas e gera uma confusão enorme”, assegura. No entanto, a tarefa se torna menos complicada com o acesso à internet. “Aqui a gente abre espaço para as pessoas também colaborarem e colocarem suas pesquisas. Se por acaso alguma árvore genealógica estiver falha, é só a pessoa se pronunciar. É mais democrático”, opina.

A partir do contato inicial no site, muitas vezes as conversas continuam por e-mail. Cláudio Tourinho diz ter pelo menos 400 endereços eletrônicos de parentes. Já o site de Consuelo Freire usa os grupos virtuais de discussão para trocar correspondências. Ambos consideram a internet essencial no projeto de unir os parentes.

“Com a rede, a gente amplia e difunde as pesquisas e os dados históricos”, diz Cláudio Tourinho. Para Consuelo Freire, todo o trabalho de genealogia seria em vão se ela não pudesse compartilhar com os parentes. “Perderia o sentido, se nós não tivéssemos como divulgar as informações”, registra.

Cláudio Tourinho pretende reunir a parentada toda no próximo mês de setembro durante o evento que intitulou I Encontro Nacional da Família Tourinho, em Porto Seguro, na Bahia. O local foi escolhido por ter sido a primeira capitania a receber os Tourinhos que aportavam no Brasil.

COMUNIDADES VIRTUAIS Usuários dos sites Orkut (www.orkut.com) e Gazzag (www.gazzag.com) também podem procurar parentes no sistema de busca por comunidades. É só colocar o sobrenome da família na busca. No Orkut há uma infinidade de comunidades com nomes de famílias e no Gazzag o número já chega a quatro mil.

O estudante de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Thiago Estima faz parte da comunidade Família Estima no Orkut e já fez amizade com primos distantes que moram em São Paulo e no Rio Grande do Sul. “Há tópicos perguntando sobre a origem dos antepassados e, por isso, já recorri algumas vezes a minha mãe, minha avó e meus tios para saber a nossa ascendência. E o melhor é poder manter esse contato com as pessoas.”

Sobrenomes mais comuns como Silva e Oliveira costumam movimentar várias comunidades com mais de mil integrantes. Perguntas como de onde são, nome completo e ascendência estão entre os tópicos mais listados.

 

Fonte: http://jc.uol.com.br/jornal