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"Nosso Grupo de Genealogia da Familia Freire será tão forte quanto seus membros o façam"

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ARQUIVO NACIONAL

 

A documentação referente aos Mesquita conservada no Arquivo Nacional abrange dois membros da família: O Marquês de Bonfim - José Francisco de Mesquita (1790-1873) - e o 2ð Barão de Bonfim - José Jerônymo de Mesquita (1856-1895), seu neto, filho de Jerônymo José de Mesquita, Conde de Mesquita.

No que toca o 2o Barão de Bonfim, os documentos são de três tipos.

Em primeiro lugar, temos os papéis relativos aos trâmites da obtenção, por parte do Barão, dos títulos de commendador na Ordem de Cristo e na Ordem da Rosa.

Referências:

Ordem de Cristo: col. 525, livro 1o., fls. 21, Caixa 789, pacote 5, documento 57.

Ordem da Rosa: caixa 79L. Pacote 5, documentos 25 e 80. E ainda: caixa 795, pacote 2, documento 81.

Em segundo lugar, na "coleção eclesiástica", constam documentos nos quais o Barão solicita a "Intenunciatura Apostólica" permissão para ter em sua fazenda (Paraizo) um oratório particular, podendo celebrar missas para os seus.

Referências:

Coleção 509, folha 29.

Coleção 939, pacote 85, documento 146.

Finalmente, há ainda um fundo particular sobre o Barão com nove documentos diversos, sobre alguns negócios seus. Bilhetes, cartas, recibos; todos tratando de assuntos corriqueiros e cotidianos.

Quanto a José Francisco de Mesquita, a documentação é mais numerosa. Assim temos:

Documentos ligados a seu ingresso na Imperial Ordem de Christo (1819):

L°.7-M-1477, fls. 45V (decretos gerais, coleção 15)

L°.7-M-1478,fls. 56 (idem)

L°.53, fl. 97 (coleção 137)

L°.52,61V (idem)

L°.51, fl.191 (ibid)

Caixa 787, pacote 3, documento 32

Idem, documento 47

Caixa 331, documento 1102

L°.7-M-1476, fls. 44V

Documentos ligados ao seu ingresso na Imperial Ordem do Cruzeiro (1828):

Caixa 800, pacote 2, documento 13 a .s.m.

L°.ll-M-1479,fl. 132V

Outros documentos:

L°.33, fl. 189, coleção 147. Carta patente de capitão da companhia de ordenanças do distrito de Itabira. 13/05/1815.

L°.73, fl. 126, coleção 137. Decreto concedendo-lhe foro de fidalgo da Imperial Casa. 11/03/1830.

Documentação constituída basicamente por processos impetrados contra os dois personagens em questão. Tratando de questões de natureza bastante diversa, mencionam conflitos tais como querelas com inquilinos, o não pagamento de acordo prefixados, dentre outros:

José Francisco de Mesquita

Fichário 28, seção do Departamento de Justiça

1. N°. 2599, caixa 1307, galeria a (1865)

2. Maço 571, n°. 3815 (1864)

3. Maço 780, n°. 14998 (1867)

4. N°. 216, caixa 1495, galeria a (1865)

5. N°. 3211, caixa 1802, galeria a (1866)

6. Maço 24, n°. 411 (1873)

Jerônymo José de Mesquita

Fichário 28, seção do Departamento de Justiça

1. N°.27566, caixa 2124, galeria a (1909)

2. N°. 27202, caixa 2256, galeria a (1908)

3. Maço a, caixa 863, n°. 249 (1907)

4. Nð. de ordem 374-g.a.-c. 860, caixa 17 (27/10/1921)

5. Nð. de ordem 374-g.a.-c. 830, caixa 11 (19/09/1910)

6. N°. de ordem 374-g.a.-c. 821, caixa 9 (1906)

7. N°. de ordem 253-g.a.-c. 821, caixa 9 (1906)

8. Nð. de ordem 253-g.a.-c. 821, caixa 9 (1907)

9. N°. de ordem 262-g.a.-c. 821, caixa 9 (1908)

10. N°. 27396, caixa 2292, galeria a (1906)

11. N°.27, caixa 3977

12. Maço 1280, n°. 1914. galeria a (1914)

13. N°. de ordem 253-g.a.-c. 821, caixa 9 (1907)

14. N°. de ordem 38-g.a.-c. 834, caixa 12 (1906)

15. Maço 2369, n°. 623, galeria a (1912)

1. JOSÉ FRANCISCO DE MESQUITA (1790-1873), MARQUÊS DE BONFIM

Documentação pertencente ao fundo pessoal do Marquês (Notação: 36cpl3; código do fundo: r9, secção de guarda: SDE)

Documento 1: 13/01/1836. José Francisco de Mesquita trata da nomeação para membros da Junta Administrativa da Caixa de Amortização Henrique José de Araújo e Joaquim Antônio Ferreira.

Documento 2: 22/09/1843. Nesta carta José Francisco de Mesquita - então barão e commandante da Guarda Nacional de Município de Sabará - felicita o Imperador Dom Pedro II pelo seu "feliz consórcio com a sua Magestade a Imperatriz, augusta irmã de Sua Magestade o Rei das Duas Sicílias" (cf. Também doc. 5).

Documento 3: 25/01/1857. Escrevendo de Diamantina, João da Matta Machado pede a José Francisco de Mesquita (a essa época visconde) que agiliza alguns papéis referentes ao processo de naturalização de Carlos Frederico de Magalhães Castelo Branco Rolim, amigo do signatário.

Documento 4: 14/12/1857. João da Matta Machado notifica José Francisco de Mesquita que houve um desacerto de 15#608 réis em uma das últimas transações (quais? Não nos informa), e solicita a restituição desse valor.

Documento 5; 12/02/1857. "Resultado do exame feito na conta corrente do exmo. Senr. Visconde de Bonfim (...)" E ainda carta de 22/09/1843 do Barão de Sabará nomeando o Barão de Bonfim para que beije, em nome da "briosa Guarda Nacional do Município da Cidade de Sabará, sempre fiel ao Throno, e ás instituições do Paiz", a mão do Imperador e da Imperatriz, por ocasião do seu casamento (cf. Também doc. 2).

Documento 6 e7: Três cartas. Na primeira, de 05/05/1858, José Francisco apresenta o portador, Jacinto José Alves Pimenta, a José Ferreira Braga, para que este o oriente - a Jacinto - na compra de "quatrocentas bestas", em nome de José Francisco. Na segunda carata, datada de 02/12/1858 (Sorocaba) o recibo da compra de 358 bestas, no valor de 27:659#000 réis, negócio fechado com Fernando Martins França. A última carta, de 18/06/1859 (rio), fala da conclusão do pagamento da compra.

Códice 15 (fundo: Ministério do Império; código do fundo:53; secção de guarda: SDE):

L°.7-M-1477, fl. 45V; Rio, 03/05/1819. "Querendo remunerar a José Francisco de Mesquita, Negociante desta Praça, os bons serviços feitos ao Banco desta corte, cujo estabelecimento muito Desejo Promover pelos grandes interesses que delle resultarào: Hei por bem Fazer-lhe Mercê de uma comenda da Ordem de Christo, em sua vida, da lotação de doze mil reis, que esteja vaga ou haja de vagar".

L°.7-M-1478, fl. 56: Rio, maio/1819. Atende o Imperador á súplica de José Francisco de Mesquita, que pede "dispensa de habilitações para professar na Ordem de Christo". Há outor pedidos semelhantes neste mesmo livro de registro de decretos.

L°.7-M-1476, fl. 44v: Rio, 10/05/1819. "Havendo conferido a José Francisco de Mesquita uma Comenda da Ordem de Christo: Hei por bem Fazer-lhe Mercê do habito da mesma ordem; e doze mil reais de tença effetiva (...)"

L°.7-M-1479, fl. 132v: Rio, 12/10/1828. José Francisco de Mesquita recebe a mercê de ser nomeado oficial da Ordem Imperial do Cruzeiro.

Códice 137

L°.53. fl. 97: Repete o conteúdo do códice 15, L°.7, fl. 44v. Mas desta vez com data de 18/10/1819

L°.52. fl. 61v: Rio, 06/08/1819. "Dom João etc. Como Governador, e Perpetuo Administrador que sou do Mestrado, Cavalheiro, e Ordem De Nosso Senhor Jesus Christo. Faço saber a Vós Monsenhor Almeida do Meo Conselho que ora estou encarregando de lançar os Hábitos da dita Ordem que José Francisco de Mesquita mostrando desejos e devoção de servir a Nosso Senhor, e a mim em a dita Ordem e Me pediu por Mercê (...). E tenho-lhe Eu feito essa Mercê, e a graça de o Despençar das provanças e habilitaçõens de sua pessoa (...). Por esta vós mando (...) que na Minha Real Capella de Nossa Senhora do Monte do Carmo desta Corte lhe lanceis o Habito dos Noviços da mesma Ordem (...)".

L°.51. fl. 191: Rio, 04/08/1819. Repete o conteúdo do códice 15, L°.7. fl. 45v97:

L°.33. fl. 185: Rio, 13/04/1815. "D. João etc. (...) Que tendo considerações aos merecimentos, e mais partes que concorrem na pessoa do Alferes José Francisco de Mesquita (...); Hey por bem fazer-lhe Mercê de Confirmar como por esta confirmo no dito posto [de Capitão da Companhia de Ordenança do Districto de Itabira, termo da Villa Nova da Rainha], com o qual não haverá soldo algum da minha Real Fazenda; mas gozará de todas as honras, previlégios, liberdades, izençõens e franquezas, que direitamente lhe pertecerem (...)"

L°.73. fl. 126: Rio, 19/03/1830. "(...) attendendo aos serviços que tem prestado José Francisco de Mesquita, negociante de grosso tracto d'esta Praça, e o mais que Me representou: Hey por bem, e Me Praz, Fazer-lhe Mercê de o tomar no Foro de Fidalgo Cavalheiro da Minha Imperial Caza."

Em caixas  

Caixa 787, pacote 32 e 47: cf. Conteúdo do códice 15, L°.7. fl. 45v

Caixa 331, documento 1102: cf. Conteúdo do códice 15, L°.7. fl. 56v

Caixa 787, pacote 3, doc. 13 asm: cf. Conteúdo do códice 15, L°.7. fl. 132v

1. JERÔNYMO JOSÉ DE MESQUITA, CONDE DE MESQUITA

Códice 509, fl. 29: ver conteúdo do documento 146, caixa 930, pacote 85.

Códice 525 (Fundo: Ministério do Império; código do fundo: 53; seção de guarda: SDE)

L°.l. fl. 21: Rio, 23/10/1852. "Querendo condecorar e honrar o negociante desta praça Jerônymo José de Mesquita: Hei por bem Fazer-lhe Mercê de o Nomear Commendador da Ordem de Christo."

Códice 747 - Este códice, doado ao Arquivo Nacional pelo sr. Benevenuto Pereira, contém dezenas de interessantes documentos datados do século 19, muitos deles tratando de Francisco José de Mesquita e Jerônymo José de Mesquita, o que torna evidente o seu interesse sobre os Mesquita, de quem reuniu um conjunto de documentos. Segue-se a numeração encontrada no canto superior direito de cada documento.

Documento 1: Rio, 24/07/184[?]. "Demonstração de receita e despeza do Arco Triumphante que se fez na rua direita defronte da rua do ouvidor para o Solemne Acto da Coroação De S.M. (...)", Aqui figura o Barão de Bonfim contribuindo com 610#000 (a maioria dos outros 20 homens da lista também deram essa quantia).

Documento 4. 5 e 6; Rio, 07/08/1850. "Subscripção em favor das viuvas e órfãos desvalidos dos Brasileiros, que (...) valentemente tem dado a vida na heroica província de Pernambuco, combatendo em defesa do Throno Imperial, da Constituição, e Integridade do Império, unicas bazes que pode assentar (sic) a grandeza, a riqueza e a felicidade do Brasil." O Barão de Bonfim encabeça a lista desta subscrição com a substanciosa soma de l:000#000.

Documento 11 e 13; Petrópolis, 05/12/1873. Em carta ao commendador José Jerônymo de Mesquita, o Barão de Paquetá lhe pede que compre em seu nome 3:000#000 em ações da estrada de ferro Macaé-Campos, e conclui fazendo-se recomendar ao Marquês de Bonfim.

Documento 29: S.1, 13/04/1873. Bolhete do Visconde de Bom Retiro ao Barão de Mesquita. Trata de coisas pessoais: pede desculpas por causa de uns favores que havia pedido (a proposito de sua "casinha na Ti juca") e combina de cearem juntos um peru.

Documento 31: Liverpool, 07/10/1882. José Maria da Silva Paranhos, escrevendo em papel timbrado da missão brasileira e em tom de velho amigo, roga ao Barão de Mesquita que preste auxílio a sua mãe, administrando suas finanças e orientando-a em certas aplibações.

Documento 32: Leopoldina, 15/10/1882. Araújo Lessa, sócio de um hotel onde hospedou-se o Conde d'Eu, reclama com o Barão de Mesquita os inúmeros transtornos que lhe causou a estadia do príncipe; e pede para que ele interceda junto a este, na tentativa de conseguir o reembolso dos prejuízos causados.

Documento 48: Sentinella da Monarchia, 15/07/1842. Na pagina 5 deste jornal lemos algumas linhas sobre o Barão. "Quaes oito contos!!... - sr. Editor da 'Sentinella' - O que succederia ao sr, Barão de Bonfim? Todos perguntavam no quarteirão onde esta situado o quartel general da rua dos pescadores [residência do Barão.cf Almanak Laemmert], quinta feira p.p.!! - O Barão anda tão zangado , meneando as cangalhas e as moletas!... Zangar-se-ia por têr sido honrado o saque do seu correpondente que não aceitou depois de meditado cálculo de conveniência e vileza?!... Ah! Tudo isso podia acontecer, respondia um caixeiro; porém outra é a causa que afflige o sr. Barão: - o maldito Mineiro correspondente da 'Sentinella', em o número de quarta feira [que não consta neste códice], teve o atrevimento, a insólita pouca vergonha de mentor á face de Deus e dos homens, calumniando o sr. Barão como têr S.S. oferecido para as urgências do estado e despezas das tropas que marcham sobre Minas, 8:000#000 réis!... Este insulto necessariamente deveria magoar o coração do rico-pobre poderoso, e nobre fac-totum de Minas Geraes!...

"Ora, pois, seja o que for, e saiba o público que o sr. Barão de Bonfim não deu um vintém, nem precisa dal-o para sustentar a sua bem merecida influencia com estes e outros quaesquer ministros, distribuir graças, e até prender, julgar e soltar os criminosos de estado etc. Etc. Etc; e que o sr. um Mineiro, correspondente da 'Sentinella', deve sêr tido e havido por um famoso calumniador. Asss: O MOREIRA"

E ainda, na página 6: "Forte lastima! - Estamos sem notícias da província de Minas Geraes, e isto quando se sabe que quatro columnas, de força da legalidade estão em movimento sobre aquella província: admirável cousa, na verdade, é esta!

"Entretanto chegou a esta corte o boaideiro Andrade, que comandara a expedição dos rebeldes de Barbacena a S. João d'El-Rei, e depois na Rocinha da Negra, a que veiu a entregar-se no Paraybuna: já tivemos occasião de fallar sobre este heroe. Diz-se que, tanto antes como depois de ir hontem a presença do sr, Ministro da guerra, estivera elle no quartel general da rua dos Pescadores. Duvidamos; mas, se tal é, enoja tanbém já tanta indecência; pois basta de escândalo! Os presos de Estado não devem andar de casa de Herodes para Pilatos...Devem ser logo recolhidas (sic) ás prisões."

Documento 53: Rio, 30/07/1844. "Demonstrativo da receita e despeza que teve a administração do Hospício de Pedro Segundo durante o anno compromissal decorrido desde o 1o. de julho de 1845 até 30 de junho de 1844, sendo Escrivão Diogo Soares da Silva de Bivar, Thesoureiro o Barão de Bonfim, e Procurador o commendador Francisco José da Rocha (...)" Mais: 'Os contribuintes da Subscripção promovida pela Secretaria d'Estado dos Negócios do Imperio para as obras do Hospício, e que até hoje tem realisado as suas assignaturas, são os seguintes senhores (...) Barão de Bonfim 2.000#000 (...)."

Documento 54: Rio, 12/07/1847. "Termo de apuração dos eleitores da Parochia de Santa Rita - que teem de eleger um Senador pela vaga que deixou o exmo. Marquez de Paranaguá." O mais votado foi João Perreira Darrigue Faro (580 votos). O Barão de Bonfim ficou em 5o. Lugar, com 552 votos.

Documento 60: Rio, 22/03/1847. "Termo de apuração dos eleitores da freguezia de Santa Rita." Encabeçam a lista o Barão de Bonfim (445 votos) e Jerônymo José de Mesquita (435 votos).

Documento 78: Exemplar do jornal "O Século XIX", de Manoel José Rodrigues Voluntário. Na última página lemos manuscrito o nome de Jerônymo José de Mesquita seguido do seu endereço, "rua dos Pescadores 60 sobrado".

Em caixas:

Caixa 12(mi): Esta caixa contém uma pasta dentro da qual há uma folha que parece ser de rascunho, com as seguintes informações a respeito de Jerônymo José: (1) comendador da Ordem de Cristo por decreto de 23 de outubro de 1852; (2) comendador da Rosa por decreto de 14 de março de 1860; (3) barão de Mesquita por decreto de 19 de março de 1873; (4) visconde com grandeza em 19 de março de 1884.

Caixa 789, pacote 5, doc. 57 (1852): Este documento esta fora de consulta sendo microfilmado.

Caixa 79L, pacote 5, doc. 80 (1860): não disponível no momento

Caixa 79L, pacote 5, doc. 27 (1858): não disponível no momento

Caixa 12(mi): Rio, 30/06/1869. Tendo como procurador António Pedro dos Reis, o commendador Jerônimo José de Mesquita pede permissão à Nunciatura Apostólica para celebrar "missa na sua fazenda de Valqueire na freguezia de Irajá". Da Nunciatura o commendador obteve parecer favorável à sua demanda; depois, em 30/06 do mesmo ano, vêmo-lo solicitar ao Imperador o beneplácito à licença concedida.

Fonte: Redação e pesquisa elaborada pelo descendente do Barão, o Dr. Kenneth Henry Lionel Light.  Caso você tenha mais informações adicionais, sobre nossos ancestrais escreva-nos um e-mail: khlight@attglobal.net. Grato.