|
Biografia de
Herson Capri Freire
mais conhecido como
HERSON CAPRI
Herson Capri Freire
Herson Capri Freire, nasceu em 08 de novembro de (não coloquei o ano porque artista não tem idade, e quem quer saber a idade dele?), na cidade de Curitiba no estado do Paraná, no Brasil é filho de Jair Freire, casado com Iole Capri, seu pai nasceu na cidade de São José do Barreiro no estado de São Paulo, casado passou a residir na cidade de Resende, no estado do Rio de Janeiro e seu pai à trabalho foi residir em Curitiba no Paraná como funcionário da Estrada de Ferro. Herson de seu primeiro casamento, com Márcia teve a filha Laura, do segundo casamento com a atriz Malu Rocha, nasceu o filho Pedro. De sua terceira união com a médica Susana Garcia nasceu Lucas e mais uma menina.
Árvore Genealógica de
Herson Capri Freire
Árvore Genealógica |
|
Manoel Alvarenga Freire | |
José Veríssimo de Marins Freire | |
Juvenal de Marins Freire | |
Euthymia Ramos Freire Marins | |
Juca Marins Freire | |
Jair Freire |
TRABALHOS NA TV:
Ator
Desejos
de mulher - Diogo Valente
Vila
Madalena - Arthur
Era
uma vez - Álvaro
Anjo
de mim - Marco Monterrey
Explode
coração - Ivan
Tropicaliente
- Ramiro
Renascer
- Coronel Teodoro
Anos
rebeldes - comandante
Tereza Batista - Justo
Felicidade
- Mário Silvano
Meu
bem, meu mal - Claudio Venturini
Riacho doce - Carlos
A E I O Urca
Cortina de vidro - Frederico Stuart
Tieta
- Dr. Lucas (primeira fase)
Olho por olho - Antonio Barjal
O
outro - Gabriel
Partido
alto - Sérgio
Guerra
dos sexos - Fábio Marino
Elas
por elas - Carlos
Pic nic classe C - Franco
Maria Stuart
Partidas dobradas - Dalmo
O fiel e a pedra
Vento do mar aberto - Onório
Os imigrantes - Antonio di Salvio quando jovem
Um homem muito especial - Luiz
Tchan! A grande sacada
Vila do arco.. e muito mais!
Veja este site: http://www.scoops.be/celeb/celebdetail.asp?celid=67850
Uma lição de Vida
Rosângela Honor
Aos 48 anos, o curitibano Herson Capri vem redescobrindo o prazer de viver desde que domou um câncer no pulmão esquerdo há um ano e oito meses. No jardim da confortável casa que está acabando de construir num sofisticado condomínio em Itanhangá, zona oeste do Rio, ele fala da felicidade de ser pai pela quarta vez.
Sua mulher, a médica Susana Garcia, está no quinto mês de gravidez. Casados há quatro anos, eles têm Lucas, de três. Agora, Susana espera uma menina, que será a segunda filha de Herson. A primeira é Laura, de 22 anos, de seu primeiro casamento. Pedro, de 19, nasceu da união com a atriz Malu Rocha.
Contratado da Globo desde 1984, o ator começou a fazer teatro na PUC de São Paulo enquanto cursava a faculdade de economia. Chegou a trabalhar como economista na Bolsa de Valores e no mercado imobiliário. Tinha 19 anos, queria me livrar da mesada do meu pai e me sentir produzindo, conta.
Vinte e oito anos depois, tornou-se um dos atores mais conhecidos do público por papéis de vilões, como Capitão Justo, da minissérie Teresa Batista, e Coronel Teodoro, da novela Renascer. Enquanto está de férias da tevê, Herson começa a filmar A Partilha, sob a direção de Daniel Filho.
Qual a sensação de ser pai novamente
aos 48 anos?
Estou me tornando um pai mais maduro. Eu já era carinhoso, mas estou muito
mais. É uma sensação de ser pai avô, estou mais condescendente. Isso se
mistura à maturidade e ao meu problema de saúde. Tenho mais alegria de viver e
dou menos importância a pequenas coisas.
O que mudou depois do câncer?
Comecei a cultivar a vida com mais leveza, a desprezar problemas menores que se
faziam grandes na minha cabeça, aumentou a alegria de viver. Em alguns
momentos, paro e digo: Estou vivo! Que bom!. Não morri por um triz. Câncer
no pulmão é complicado, mata em 90% das vezes. Só é curável quando
detectado antes de qualquer sintoma. Foi a minha sorte.
Como descobriu?
Por acaso. Ia encenar Jesus Cristo no espetáculo Paixão de Cristo, em Nova
Jerusalém. Estava meio gordinho e resolvi fazer uma lipoaspiração. Quando fui
fazer os exames preparatórios, detectaram um nódulo no pulmão esquerdo e
depois fui operado. Tive muita sorte, acho que houve um empurrãozinho da mão
de Deus.
Você acredita que houve alguma relação?
Esta relação com Jesus Cristo é uma coisa que, sem nenhuma pieguice, mexeu
comigo. Já me disseram que é uma babaquice dizer que foi Jesus quem me salvou.
Respondi que babaquice era da pessoa. Fui salvo por Jesus, literalmente. Fui
fazer Jesus Cristo, quis ficar magro igual a ele e isso acabou salvando minha
vida.Como não fazer essa associação imediata?
O que mudou na sua crença?
Tive uma formação religiosa muito contraditória. Meu pai era ateu, militante
do Partido Comunista, foi preso várias vezes. Mas estudei alguns anos em colégio
interno e religião era algo obrigatório. Aos 5 anos, todos os dias, às seis
da manhã, lá estava eu ajoelhadinho rezando. Esta contradição sempre me
perseguiu. Da infância à adolescência, oscilei entre uma religiosidade muito
minha, até escondida, e um discurso ateu. Comecei a admitir que rezava sim, a
falar de fé e a agradecer. E isto se acentuou depois que me salvei do câncer.
Mesmo operado você se manteve no espetáculo.
Por quê?
É, tinha só 25 dias de operado. Antes de cada apresentação, rezava para
agradecer. Eram momentos muito emotivos porque ainda estava cicatrizando. Ainda
hoje é assim, tenho um contato com Deus muito particular, mas não freqüento
igrejas.
Qual foi sua reação ao descobrir o câncer?
Quando me deparo com uma dificuldade muito grande, costumo ser racional. Na
minha ignorância pensei: É um câncer, vou morrer e preciso saber quanto
tempo tenho, o que posso fazer. Pensava: Vou enlouquecer, vou viajar e
conhecer o mundo ou vou me drogar, o que vou fazer?
Como se comportou em relação à sua família?
Percebi a dificuldade das pessoas de assimilar, principalmente a Susana, que é
médica e trabalha com diagnóstico de câncer em ultra-sonografia. Pensava também
na possibilidade de deixar o Lucas sem pai.
Teve medo de morrer?
Como ator, interpretei vários personagens que morreram. Isso é muito louco
porque, de alguma forma, eu estava amadurecido em relação à morte. Não
fiquei em pânico, foi uma coisa madura. Tive medo, mas não me isolei das
pessoas.
Você sabia da gravidade de seu quadro clínico?
Não sabia das estatísticas e de todas as possibilidades que envolvem câncer
de pulmão. Sabia que o tumor estava próximo da pleura, mas não sabia que, se
ele colasse na pleura, a sobrevida era pequena. Sabia o que precisava saber,
talvez até por fuga.
E como convive com a possibilidade da
reincidência do câncer?
Faço exames periódicos e em cada uma das vezes existe a expectativa de pintar
um novo tumor em algum outro lugar ou não. Os dois primeiros anos são
decisivos, cruciais. Fui operado há um ano e oito meses.
Você fumou durante 30 anos. Acredita que
o cigarro foi um dos causadores do tumor?
Com certeza. O cigarro contribuiu e a natação compensou um pouco. Tentava
parar, mas não conseguia. Parava e depois voltava. Era uma briga com a consciência,
sabia que fazia mal, que precisava parar, mas achava gostoso. Parei três vezes,
numa delas fiquei sem fumar três anos.
Você fez comercial de cigarro?
Fiz. Não sinto culpa, nem arrependimento. Existe uma discussão muito grande em
torno do cigarro. O que posso dizer hoje é que cigarro faz mal e é um dos
causadores do câncer sim, inclusive do meu.
Como você reage diante de um fumante?
Não sou ex-fumante chato. Só falo no assunto quando sou perguntado. Quando um
fumante fala que não consegue parar, digo que é uma questão de força de
vontade e aconselho a fazer uma chapa de pulmão de vez em quando. Mas sempre
com leveza. Quando fumam do meu lado, me afasto porque me dá alergia. Agora
tenho um pulmão diferenciado, especial.
Você leva uma vida normal?
Faço tudo. Eu me exercito na esteira durante 40 minutos e às vezes nado. Isso
quando tenho paciência porque não sou religioso em nada. Eu me alimento bem,
mas irregularmente, como sempre foi. Meu sono e minha alimentação têm um lado
desregrado. Durmo tarde e acordo tarde.
Além do cigarro, você usou outro tipo
de droga?
Usei maconha um tempo, com alguns intervalos. Usava de forma racional. Nunca
para trabalhar. O trabalho de ator é delicado e a maconha dispersa muito. Usava
à noite, em casa. Fazia uma coisa equilibrada, se é que se pode dizer isso de
uma droga.
Você comemorou a recuperação de algum
jeito especial?
Sim, depois de um ano da cirurgia, fui para a Europa com a Susana, fizemos uma
segunda lua-de-mel. Comemoramos mesmo, foi nossa passagem para o ano 2000.
Você se casou três vezes...
Eu sou muito movido a paixão. Mesmo os casamentos com finais desagradáveis,
sempre foram movidos a paixão. Sou muito passional. Tenho uma coisa exagerada,
meio italiana, e do meu signo, escorpião. Gosto de família. Com o Lucas, viro
criança, rolo no chão, faço farra.
Como é o relacionamento com as
ex-mulheres?
Com a Márcia, mãe da Laura, me dou bem e falo com ela de vez em quando. Há
cordialidade. Com a mãe do Pedro, foi um final constrangedor, chatíssimo. Eu
me dou muito bem com meu filho, mas não falo com ela. Tivemos um processo
violento de pensão alimentícia que terminou mal.
E como é a convivência com seus filhos?
A Laura saiu perdendo porque, logo depois que ela nasceu, eu me separei e vim
para o Rio. Ela sofreu muito com a distância do pai. Mas depois superamos. O
Pedro ainda sofre um pouco as conseqüências de uma relação conturbada. Ele
teve períodos de oscilação entre ficar a favor da mãe ou a favor do pai. Foi
uma separação mal feita que acaba caindo nos filhos.
Mas você se sente culpado em relação
aos dois?
Não. Converso com eles. A Laura perguntava muito porque eu não tinha
continuado com a mãe dela. Eu explicava com a maior sinceridade possível.
Venho tentando melhorar, mas não deixo a culpa bater.
Fonte: http://dirce.globo.com/Dirce/canal/0,6993,RI257-700,00.html