O Acre está situado no
extremo oeste da Região Norte. Tradicional produtor de látex, atraiu
grande número de colonos no século passado, no auge dessa atividade
econômica. Desse povoamento ficaram marcas na culinária - em pratos
como bobó de camarão, vatapá e carne-de-sol com macaxeira.
Atualmente, apenas uma reduzida parcela dos habitantes garante sua
subsistência trabalhando nos seringais da floresta Amazônica, na
extração da borracha. Além do látex, a floresta Amazônica tem
permitido aos acreanos obter rendimentos de produtos, como alimentos,
medicamentos naturais e matéria-prima para a indústria de cosméticos.
Alguns exemplos desses produtos - muitos exportados para outros países
- são o fruto da palmeira açaí, a pupunha (um tipo de palmito), o
urucum e a folha da pimenta longa, usada na fabricação de perfumes.
Desenvolvimento sustentado
- Se não houver uma adequada administração dos recursos, um modelo
econômico sustentado na biodiversidade pode não evoluir. O
desmatamento das regiões de floresta permanece em patamares elevados,
chegando a atingir 60% de algumas áreas. Isso ameaça a flora, a
fauna e o solo acreano, formado de rochas sedimentares, e extremamente
vulnerável à erosão quando se retira sua cobertura vegetal.
A Embrapa
- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em pesquisa recente,
revela que a degradação do solo em áreas desmatadas e o plantio de
gramíneas para pastagem colocam em risco aproximadamente 35 mil
empregos. As áreas ameaçadas alcançam 5,5 mil km2, superfície
equivalente à do Distrito Federal. A falta de conhecimento ou o uso
de técnicas inadequadas por parte da maioria dos produtores provoca
danos sociais, econômicos e ambientais.
Pólos econômicos
-
O Acre, do ponto de vista econômico, pode ser dividido em dois
grandes pólos: o vale do Juruá, cujo centro comercial fica na cidade
de Cruzeiro do Sul, no noroeste do estado, e o vale do Acre, com sede
na capital, Rio Branco, no sudeste. A região do vale do Juruá
permanece bem preservada e abriga a Reserva Extrativista do Alto Juruá
e o Parque Nacional da Serra do Divisor, onde há inúmeras reservas
indígenas e onde se localiza a nascente do rio Moa, o ponto mais
ocidental do Brasil, na fronteira com o Peru. A região do vale do
Acre, mais industrializada e com uma agricultura mais produtiva,
responde pela maior parte da borracha e dos alimentos produzidos no
estado, como a mandioca, o arroz e o milho e a fruticultura.

Capital Rio Branco
Fatos Históricos
O Acre foi incorporado ao território brasileiro em 1903. Antes,
pertencia à Bolívia, cujas autoridades não eram respeitadas pela
população, formada basicamente por brasileiros.
No final do século XIX, os muitos nordestinos que fugiram da seca
para explorar seringais dessa área iniciam um movimento para a sua
anexação ao Brasil. A revolta dos brasileiros e a resistência dos
bolivianos geraram graves conflitos, que só terminaram em 17/11/1903,
com a assinatura do Tratado de Petrópolis. A posse definitiva da região
custou ao Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas, áreas
do Mato Grosso e o compromisso de construir a ferrovia Madeira-Mamoré,
em Rondônia.
Em 1904, um decreto presidencial, assinado por Rodrigues Alves, torna
o Acre um território federal, dividido em três departamentos: Alto
Acre, Alto Purus e Alto Juruá. Em 1962, o território foi elevado à
categoria de estado, já que preenchia os requisitos estabelecidos
pela Constituição vigente à época.
Dados Gerais
Localização:
Região Norte |
Área:
152.522,02 km2 |
População:
557.526 |
Relêvo:
depressão na maior parte do território; planície estreita
ao Norte. |
Ponto
mais elevado: serra
do Divisor ou de Conta (609 m) |
Rios
principais: Juruá,
Xapuri, Purus, Tarauacá, Muru, Embirá, Acre. |
Vegetação:
Floresta Amazônica. |
Clima:
equatorial. |
Hora
local: -2h |
Capital
- Rio Branco. |
População:
253.059. |
Data
de fundação:
28/12/1882. |
Dados
estatísticos,
visite o site http://www.ac.gov.br/
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