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"Nosso Grupo de Genealogia da Familia Freire será tão forte quanto seus membros o façam"

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Biografia de 

Luiz de Barros Freire


Luiz de Barros Freire

Luiz de Barros Freire ,  nasceu no Recife em 16 de março de 1896,  casou com Branca Palmira Freire. Desse casamento nasceu o filho Marcos de Barros Freire (biografia abaixo). Luiz foi uma das grandes figuras do pensamento científico em Pernambuco nos meados do século XX. Nascido no Recife, a 16 de março de 1896, fez na capital o curso de  humanidades e o de engenharia civil, na Escola de Engenharia, criada por  Barbosa Lima, que tinha por finalidade fornecer mão-de-obra qualificada ao Estado, no momento em que ocorria um certo desenvolvimento industrial.

A Escola de Engenharia foi um centro de formação de engenheiros, técnicos para o mercado industrial em expansão e um centro de formação de cientistas preocupados com os estudos físicos, matemáticos, cósmicos, etc. Produziu, nos meados dos século, cientistas que ganharam projeção mundial no ramo.

Formado em engenharia civil em 1918 pela Escola de Engenharia de Pernambuco, Em 1920 ingressou como professor contratado na mesma Escola de Engenharia, atualmente pertencendo à Universidade Federal de Pernambuco. Luiz Freire  voltou-se para o magistério e no ano seguinte já  conquistava por concurso público, a cadeira de Matemática da então Escola Normal. Em 1920 era contratado professor da Escola de Engenharia, onde estudara. Em 1934, aprovado em concurso para professor  catedrático de Física, recebeu o título de Doutor em Ciências Físicas e Matemática. Em 1943 foi nomeado professor catedrático de Análise Matemática da Faculdade de Filosofia Manuel da Nóbrega, hoje integrada a Universidade Católica de Pernambuco. Continuando sua carreira no magistério superior, depois de lecionar no ensino secundário nos principais colégios do Recife, Luiz Freire exerceu, no Rio de Janeiro, então capital da República, o cargo de professor Catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade do Distrito Federal, hoje UFRJ, dirigida pelo educador Anísio Teixeira. Ao ser criado o  Conselho Nacional de Pesquisas, hoje Conselho Nacional de Pesquisa e Tecnologia, CNPq, foi nomeado membro, participando da comissão de Ciências Físicas e  Matemáticas até a sua morte ( Machado, 1996 ).

Em 1952 realizou o seu grande sonho - implantar na Universidade   do Recife, o instituto de Física e Matemática - uma vez que queria dotar o seu Estado com uma equipe de grandes físicos e matemáticos, membros de um centro de produção científica nesta área altamente especializada. A visão de que a Universidade não  necessita apenas transmitir, mas também produzir conhecimentos estava correta. Dirigiu este  Instituto, mantendo intercâmbio com instituições  semelhantes no país e no exterior, sobretudo em Paris,  onde esteve em missão científica do CNPq, em 1958. Conforme salienta o professor Machado ( 1996 ) , Luiz Freire deduziu a famosa expressão do chamado "Potencial Vetor ", utilizando, já naquela época, a linguagem do cálculo vetorial com recursos dos operadores vetoriais. Preocupados em formar discípulos,  como bom professor que era, manteve um íntimo  relacionamento com o núcleo de pernambucanos radicados no Rio e em São Paulo, como Mário Schenberg, José  Leite Lopes e outros. Encaminhou para estudos nesse   centro, estudantes pernambucanos que se aperfeiçoaram e hoje são físicos e engenheiros notáveis, com Fernando Souza Barros, Ricardo Palmeira, David Gorodovitz, Rômulo Maciel , Fernando Cardoso Gama, José Waldir de Medeiros Campelo, Jaime Azevedo Gusmão Filho e José de Medeiros Machado. Estes bolsistas trabalharam sob a supervisão e orientação de César Lattes, na ocasião em que ele  se tornara famoso por suas pesquisas sobre Radiações Cósmicas. Assim, Luiz Freire destacou-se com professor, formador de estudiosos na sua área de atuação, organizador e dirigente da instituições de ensino e  pesquisa, além de produzir conhecimentos científicos. Foi um dos grandes cientistas pernambucanos. Faleceu em 17 de julho de 1963 , aos 67 anos. (Fonte: Pernambuco Imortal/DP)

Igualmente foi professor catedrático de Física na Escola Superior de Química da mesma Universidade.

Professor de Física Ginásio Pernambucano. Professor de alguns colégios particulares, como Nóbrega e Osvaldo Cruz, nos cursos complementares de Engenharia.

Lecionou ainda a cadeira de Filosofia no antigo Liceu Pernambucano. No mesmo ano, em 1933, foi nomeado professor catedrático de Análise Matemática na Faculdade de Filosofia do Recife da Universidade Católica de Pernambuco.

Membro da Academia Brasileira de Ciências, mérito alcançado pelo belo trabalho realizado, quando do estabelecimento da Lei dos Estados Correspondentes e da Equação Geral da Excitabilidade dos Nervos e dos Músculos, trabalho esse que o professor Miguel Osório de Almeida comentou em sua Memória, intitulada "A Propos de Ia Nouvelle Théorie de I'Excitation Electrique des Tissus de H.M. Monnier", reivindicando a prioridade do trabalho para o professor Luiz Freire, porque o professor Monnier, da Sorbonne, alcançou resultados idênticos e menos completos, só a primeira parte do trabalho, não deduzindo a lei.

Foi diretor da Escola Normal e da Escola de Engenharia, hoje Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Pernambuco, onde por sinal, durante as comemorações do seu centenário, houve aposição de seu retrato na Galeria de ex-diretores.

Diretor Técnico de Educação do Estado da Associação Brasileira de Educação do Rio de janeiro.

Também ocupou o cargo de Presidente do Instituto Tecnológico de Pernambuco, órgão do Governo do Estado.

Professor catedrático da Faculdade de Ciências, da Universidade do Distrito Federal, hoje Estado do Rio de Janeiro.

Professor catedrático da Faculdade Nacional de Filosofia da então Universidade do Brasil.

Professor catedrático da Escola Superior Agricultura de Pernambuco.

Professor honorário da Sociedade Engenharia do Rio Grande do Sul.

Em 1948 foi‑lhe concedido o certificado de "Serviço Relevante", prestado ao Brasil na qualidade de Conselheiro de Engenharia e Arquitetura.

Designado para fazer parte como examinador de vários concursos, entre os quais o da Escola Politécnica do Rio de janeiro e da Faculdade Nacional de Filosofia, para professor catedrático da cadeira de Geometria.

Também fez parte da Comissão Julgadora dos Prêmios de Física conferidos pelo Ministério das Relações Exteriores.

Presidente da Comissão de Professores Universitários de Física do Brasil, reunida em São Paulo e destinada a indicar o merecedor do "Prêmio Moinho Santista", dentre os que se destacaram na Pesquisa de Física no País.

Com a criação do Conselho Nacional de Pesquisas, hoje denominado Conselho Nacional de Pesquisa e Tecnologia, CNPq, foi eleito membro, tendo sido sucessivamente reeleito até sua morte. Fazia parte, nesse Conselho, da Comissão de Ciências Físicas e Matemáticas.

Membro do Conselho Orientador do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, IMPA, órgão do CNPq.  

Membro fundador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, CBPF. Tomou parte em Congressos, Simpósios e Colóquios, nacionais e internacionais, valendo ressaltar o Segundo, o Segundo Colóquio Internacional de Lógica Matemática, realizado em  1952, no Instituto Henri Poincaré,  na França; 

Terceiro Congresso Sul Americano de Química; Simpósio Internacional de Radiação Cósmica, sob os auspícios da Academia Brasileira de Ciências, tendo sido um dos presidentes do mesmo, e Simpósio de Física Nuclear no Rio de Janeiro.  

Igualmente fez parte do Comité Internacional  do jubileu Científico do professor Arnaud Denjoy,  da Sorbonne e do Instituto de França.

Realizou viagens de estudo à Europa, sendo que na última, em 1958, na qualidade de Delegado do CNPq.

Foi membro da "American Mathematical Society" e do "Conimbrigensis Instituti Academia."

Em 1952, promoveu a fundação, sob auspícios do CNPq e com apoio da Universidade do Recife, do Instituto de Física e Matemática, do qual foi diretor até sua morte.

À frente da direção desse Instituto, estabeleceu notável intercâmbio com a Universidade  de Paris, arrastando ao Recife, para ministrar cursos avançados naquele Instituto grandes mestres, do porte e dimensão de um Bruhat, de um Arnaud Denjoy e de um Roger Godement.

Em particular, para a área de Física Nuclear, conseguiu igualmente, para ministrar altos cursos, professores de gabarito, como L. Rosenfeld de Manchester e julien Kravichenko de Grenoble.

Com relação aos trabalhos publicados pelo professor Luiz Freire podemos destacar: "Da Ciência Matemática, sua Metodologia", tese de concurso em 1919 e a "Concepção Cartesiana e as Séries de Fourier", tese para concurso em 1921.

No Boletim de Engenharia publicou entre outros "Teoria da Relatividade," contraditando o trabalho do Físico H. Bouasse, de Toulouse, subordinado ao mesmo título; "Vetores Polares e Axiais,” A arte do Matemático e os Incompreendedores," "A filosofia de Henri Poincaré," "O Problema dos Três Corpos," "Equação Geral das Escalas Termométricas." Este último trabalho obteve elogiosas  referencias do fisico James Chappuis, professor da École Centrale des Arts et Manufactures ,de Paris. Também a revista da Escola Politécnica do Rio Janeiro transcreveu esse mesmo trabalho com louvores e excepcionais.

Na Revista Brasileira de Matemática publicou  trabalhos como "A Bossa das Matemáticas” ‑Vida e Obra de Evaristo Galois, de Gomes de Souza, de Amoroso Costa, de Sofia Kovaleswsky e outros". O primeiro desses trabalhos recebeu elogios do sábio Charles Ricket, detentor de prêmio Nobel.

Também publicou na revista da Escola Politécnica do Rio de janeiro, depois Escola Nacional de Engenharia, interessante trabalho sobre a Teoria dos Grupos e outros sob o título: "As Matemáticas ante os Problemas de Filosofia Natural", valendo ressaltar que sobre esse último trabalho a Universidade de Kentucky, Luisiânia, nos Estados Unidos, solicitou, com grande empenho, a remessa de cópias do mesmo.

Escreveu também para a Gazeta de Matemática de Lisboa: "Os Potenciais, Escalar e Vetorial" e "os Espaços a Conexão Linear ou Superficial, Simples ou Múltipla,"  "A Função Exponencial" e "A Filosofia Natural" e também a famosa "Equação Geral das Escalas Termométricas".

Há ainda referências elogiosas aos trabalhos do professor Freire na obra organizada e dirigida pelo professor Fenando de Azevedo, com a colaboração de professores da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo e também da Universidade do Brasil, volume I, intitulado "Física no Brasil," de J. Costa Ribeiro, professor de Física da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, o qual foi presidente da Comissão de Energia Atômica do CNPq e descobridor do efeito termodielétrico, hoje universalmente conhecido por "Efeito Costa Ribeiro".

Indubitavelmente, o Professor Luiz Freire se constituiu num dos mais altos valores do pensamento. Exemplo de cultura, idealismo, vocação e de "arquiteto de valores humanos", como afirmou o professor José Leite Lopes.

O Professor Luiz Freire nasceu no Recife em 16 de março de 1896, e faleceu no dia 17 de julho de 1963.

Fonte: http://www.dmat.ufpe.br/~mro/personagens/luizfreire.htm

 
Biografia de 

Marcos de Barros Freire


Marcos de Barros Freire

"Somos a favor do pluripartidarismo que assegure a todas as correntes de pensamento político o direito de se organizarem autonomamente. 
Em nome deste pluripartidarismo, não se pode querer extinguir os partidos existentes."

Marcos de Barros Freire, nasceu em Recife no dia 5 de setembro de 1931, filho de Luís de Barros Freire, físico e professor catedrático da Escola Politécnica de Recife, e de Branca Palmira Freire. Em 1950, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Pernambuco. Durante seus estudos superiores participou ativamente da política estudantil. Bacharelou-se em 1955. Nesse mesmo ano, tornou-se oficial de gabinete do prefeito de Recife, Djair Bandeira. Ainda em 1955 e no ano seguinte atuou no Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq). Paralelamente às suas atividades na Prefeitura, iniciou-se no magistério universitário em 1957, ingressando como professor na Faculdade de Ciências Econômicas, função que exerceria até 1968. Em 1962, foi nomeado diretor do Departamento de Procuradoria-Geral da Prefeitura da capital pernambucana, função que desempenhou até 1963. Nesse mesmo ano tornou-se Secretário de Assuntos Jurídicos e, mais tarde, de Abastecimento e Concessões, permanecendo nesses cargos até 31 de março de 1964, época em que esteve filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Em 1967 tornou-se professor titular da cátedra de Direito Constitucional da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco. Em 1968 candidatou-se à prefeitura de Olinda e foi eleito com grande votação, na legenda do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Renunciou dois dias após assumir o cargo, em virtude da edição do Ato Institucional nº 5 (13-12-1968) e da imediata cassação do mandato de seu vice-prefeito. Afastado da política, passou a lecionar na Escola Superior de Relações Públicas de Recife, onde permaneceu até 1970, quando candidatou-se e elegeu-se deputado federal por Pernambuco na legenda do MDB, com a maior votação do estado. Junto com outros deputados fundou o grupo dos "autênticos" do MDB, a ala mais à esquerda do partido de oposição. Em maio de 1971, tornou-se vice-líder do MDB na Câmara dos Deputados.No pleito de 1974 elegeu-se senador por Pernambuco na mesma legenda.Casou-se com Maria Carolina Vasconcelos Freire, com quem teve quatro filhos. Foi ministro da Reforma Agrária, no Governo José Sarney, de 4 de junho a 8 de setembro de 1987, posto que ocupava quando morreu em um acidente aéreo em viagem de serviço, no sul do Pará.

Publicou Contribuições para um levantamento da produção científica em Pernambuco (1956), Noções fundamentais de Direito (1968) Oposição no Brasil, hoje (1974) e Nação oprimida (1977).

Fonte: http://www.senado.gov.br/web/comunica/copres/museu/parla/m_freire.htm