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Biografia de
Inácio da Costa Freire Mariz
Inácio da Costa Freire Mariz, natural de Areia no estado da Paraíba, filho de Patrício José de Abreu Tranca e Isabel Caetana Bezerra de Melo, Descendência do Capitão-mor Domingos de Faria Castro e Isabel Rodrigues de Oliveira. Faleceu a 27 de setembro de 1863, tendo sido iniciado o seu inventário a 7 de março de 1864. Foi casado com Vicência Freire Pessoa, falecida a 5 de fevereiro de 1886. Em seu testamento, escrito na então Vila de São João, ele declarou ter tido alguns filhos mortos e seis vivos, e mais, que era cazado por carta de a metade e a facie heclezida, ainda que tivera quatro filhos illegitimos em Joaquina Alves de Albuquerque Paiva, aos quais não queria deixar entregues a mizerias e abadono. Ele destinou, desse modo, a metade de sua terça para sustentar-se nos estudos do Seminario Episcopal da Cidade de Olinda a meo dito filho illigitimo Balbino com o fim de Seguir o estudo Eccleziastico ate que receba elle todas as Ordens sacras. Mas, condicionou, Se por acazo elle Balbino antes de Ordenar-se morrer, não quizer Seguir o estudo eccleziastico, ou o poder seguir por sua ma conducta, ou dexe de a concluir até ter a idade de trinta annos ou por outro qual quer incoviniente passará a referida ametade de minha terça para meos filhos ligitimos. A outra metade da terça ficou para os três filhos naturais. As datas relativas ao testamento estão um tanto quanto confusas no traslado feito pelo Escrivão de Paz Interino Manuel Cesário Correia Lima, que ocupava o cargo de Escrivão da Subdelegacia, no impidimento do Escrivão do civil e da provedoria e do deorfãos da Villa de São João e seu termo. Segundo esse documento, lavrado em atendimento a uma petição, datada de outubro de 1863, de Manuel da Costa Ramos, para que fosse passada certidão de modo que faça fé o theor do Testamento com que faliceo o Cap. Ignacio da Costa Freire Mariz, o testamento se fez a primeirode Outubro digo primeiro de Maio de mil oito centos e secenta e tres, mas o auto de aprovação foi lavrado no anno do Nassimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil e oito centos e Secenta e trez digo e Secenta e dous, enquanto o registro foi feito a vinte Sete de Setembro de mil e oito centos e Secenta e tres, isto é, no mesmo dia em que faleceu o testador e em que se abriu o citado testamento O casal tinha muitos bens. Só de fazendas, tinha Arara, São Bento, Cadeado, Papagaio, São João, Possinhos, Sant'Ana, Olho d’Água do Padre, Mulungu, Santo Agostinho e partes de terras em Cabeça do Cavalo, parte do Sítio Santa Teresa, três partes de terra no Sítio Assude (comprado de José Joaquim da Costa Ramos), duas partes do Sítio Santa Clara, e uma parte do Poço das Pedras; e mais partes em diversos sítios: uma nas Figueiras, duas na Carrapateira, duas no Branquinho; ainda tinha o casal huma fasenda de gado vaccum, e cavallar situada no lugar Remedio … na Data denominada Serra Branca, no Termo de Cuité, Comarca de Bananeiras. No Termo de Patos da Comarca de Pombal ficava a Fazenda Ferros; em Cabaceiras, havia uma fasenda … no lugar Tapera, e partes nos sítios Caruatá de Fora e Caiçara; e no Termo da Villa d’Alagoa Nova, tinha terras, também, lá no Sítio Jenipapo. Quanto aos bens semoventes, ficaram-lhe quinze escravos, dentre os quais estavam Antonio cabra com uma belida em um olho e doente de hua mão; Amaro, velho de 65 anos e doente; Anna douda e alejada; Domingas, de seis anos, doada a Boaventura, filha ilegítima do inventariado; Joventina, de só três anos, doada a Raquel, e mais dez outros escravos, valendo, todos juntos, a quantia de 7:480$000 (sete contos, quatrocentos e oitenta mil réis) - o mais valioso de todos era Benedicto de idade de desesseis annos, avaliado em 900$000 (novecentos mil réis); os que tinham menor valor eram a douda e alejada, avaliada em 20$000 (vinte mil réis), e Amaro, em 80$000 (oitenta mil réis); a pequenina Joventina valia 180$000 (cento e oitenta mil réis). O valor total dos bens do casal atingiu 83:694$880 (oitenta e três contos, seiscentos e noventa e quatro mil, oitocentos e oitenta réis). Os filhos (os últimos quatro dos quais, havidos por Inácio da Costa Freire Mariz com Joaquina Alves de Albuquerque Paiva, foram legitimados): |
1 - Ana |
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2 - Patrício da Costa Freire Maracajá |
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3 - Antônio da Costa Freire Maracajá |
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4 - Lucas da Costa Freire Maracajá |
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5 - Constância Freire Mariz |
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6 - José da Costa Freire Maracajá |
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6.1 - Ignacio |
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6.2 - Zacarias |
então com quinze anos; |
6.3 - Elias |
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6.4 - Maria |
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6.5 - Ezequias |
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6.6 - Isabel |
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7 - Raulino da Costa Freire Maracajá |
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7.1 - Napoleão |
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8 - Balbino |
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9 - Benvenuta Freire Mariz |
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10 - Vitorino |
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11 - Raquel |
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Fonte: http://www.persocom.com.br/cariri/Inacio%20Costa%20Freire%20Mariz.html
HISTÓRIA DE AREIA
Sertão de
Bruxaxá, este foi o primeiro nome dado ao povoado que surgiu na encosta
oriental da Serra da Borborema (a 618 metros de altitudes, em relação ao nível
do mar), ponto estratégico que servia de apoio para os boiadeiros e tropeiros
que vinham do Sertão com destino ao comércio do litoral paraibano no final do
século XVII, depois veio Brejo D`Areia, devido a um riacho que se destacava
pelos bancos de areia alvíssimas. E, finalmente, Areia.
A cidade existe
oficialmente desde 30 de agosto de 1818. Só em 18 de maio de 1846 Areia foi
emancipada politicamente. Areia foi a primeira cidade do Brasil a abolir a
escravidão, embora os negros fizessem parte da estrutura econômica da
região, já que a agricultura do município era basicamente voltada para a
produção dos derivados da cana-de-açúcar. Através de uma campanha
promovida por dois abolicionista: Manoel da Silva e Rodolfo Pires, a cidade
libertou o último escravo em 03 de maio de 1888.
Igreja do Rosário
dos Pretos, construída pelos escravos, é uma das mais antigas do Estado . Seu
estilo arquitetônico é o barroco
Areia já foi o maior
município do brejo paraibano, vindo à assumir expressão econômica durante o
século XVIII, através da cultura do algodão. Participou efetivamente de vários
episódios revolucionários, como a eclosão da Revolução Pernambucana em
1817. Em 1824, participou juntamente com os pernambucanos da Confederação do
Equador. Na revolução Praeira tornou a Paraíba o foco das atenções
principais. Em1873, as ruas da cidade tornaram-se cenários da revolta dos
Quebra-Quilos, durante dois anos.
Areia também tem
como referências, o pintor Pedro Américo; José Américo de Almeida,
ex-governador da Paraíba; Dom Adauto de Miranda Henriques, 1º arcebispo da
Paraíba; Elpídio de Almeida, médico e ex-prefeito de Campina Grande; Álvaro
Machado, fundador do Jornal A União; e muitos outros.
Situada na Serra da Borborema, a cidade não tem muito para onde crescer