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Biografia de
Francisco de Britto Freire
Francisco de Britto Freire, nasceu na vila de Coruche, no Alentejo (Portugal) em 1623, filho de Antonio Frois de Andrade, fronteiro de Tangere e Catarina Freire. Foi o terceiro governador da Capitania de Pernambuco (após a expulsão dos holandeses em 1654), homem de letras, escritor, historiador e poeta. Seguindo a carreira militar, sem descurar-se dos estudos literários, particularmente dos de história, serviu alguns anos no exército, chegou ao posto de capitão de cavalaria de um regimento da Província da Beira e foi governador da praça de Jerumenha, no Alentejo. Passando depois a servir na marinha, lhe coube por duas vezes vir ao Brasil como almirante da esquadra da Companhia de Comércio, sendo a primeira vez em 1653 na frota do comandante Pedro Jaques de Magalhães, prestando então valiosos serviços na última fase da guerra da restauração de Pernambuco, concorrendo imenso para a sua vitoriosa terminação; e a segunda vez, dois anos depois, do que deixou memória no trabalho que publicou em Lisboa em 1657, sob o título "Relação da Viagem que fez ao Brasil a armada da Companhia - ano de 1655". Nomeado governador e capitão-general de Pernambuco. Casou-se com Maria de Menezes, filha de Pedro Alvares Cabral, senhor de Azurara e alcáide-mor de Belmonte de cujo consórcio nasceram:
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Antonio de Britto Menezes, que morreu
governador do Rio de Janeiro
2- Josefa Gabriela de Britto.
Em 1670 publica o
livro "Nova Lusitânia" e em 1675 a sua melhor obra "História da
Guerra Brazílica" retratando os feitos dos portugueses e brasileiros na
guerra contra os holandeses para a restauração pernambucana, impresso em
Lisboa. Após a deposição do rei de Portugal, D. Afonso VI, foi encarregado de
conduzir o rei a Ilha Terceira, de cujo governo foi encarregado, mas recusou a
prestar tal serviço, pelo qual foi preso na Torre de Belém e depois na de São
Julião. Foi durante a "larga prisão", como ele próprio disse, que
escreveu a história da guerra Brazílica. Em 1678, voltou ao mar, embora sem
posto de comandante, servindo na armada, ainda em 1682. Faleceu em Lisboa no
Convento Franciscano de Nossa Senhora do Vale, em vila Nova do Era, próxima do
Curuche, onde havia nascido. Morreu em 8 de novembro de 1692.
Fontes: Anais Pernambucanos. Fundarpe. Recife.
volume 3. páginas 489 a 509, Francisco Augusto Pereira da Costa.
História do Brasil. Melhoramentos. São Paulo. 1969. 7a
edição. página 163.,
Antonio Souto Maior.
Tempo dos Flamengos. Fundarpe/Massangana.
Recife. 1965. página 29,
José Antonio Gonsalves de Mello.
Dicionário Chorográfico, Histórico e Estatístico
de Pernambuco. Imprensa Nacional. Rio de Janeiro. 1908. volume 2. paginas 28 e
29, páginas 149 a 151,
Sebastião de Vasconcelos Galvão.
Posfácio do Livro História da Guerra Brazílica.
Fundarpe. Recife. 1967, José Antonio Gonsalves de Mello.
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