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Biografia de
Francisco de Barros Freire
Francisco
de Barros Freire, era Paulista, (e avô materno de Cláudio Manuel da
Costa), faleceu em 4 de julho de 1889, casado com Catarina
de Freitas,
matriarca de grande parte da família Barros Freire (v.s.), de São Paulo, filha
de Sebastião
de Freitas,
natural de Alagoa da cidade de Silves, no Algarve, filho de Manuel Pires, pessoa
nobre, que foi Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Silves. Esteve na
Bahia, em 1591, como soldado da companhia de Gabriel Soares, passando, depois, a
S. Paulo, onde prestou muitos serviços, porque, em 1594, acompanhou, ao sertão,
o cap. Jorge Corrêa, que moveu guerra contra o gentio que havia cercado a vila
de São Paulo. Por este e outros serviços, foi armado Cavaleiro em 1600, em São
Paulo, por D. Francisco de Souza, com faculdade régia. Capitão da gente de
Piratininga do campo de São Paulo, por patente de 1606. Deixou numerosa descendência,
que mereceu um capítulo na «Nobiliarchia Paulistana», de Silva Leme, do seu
casamento, em 1592, com Maria Pedroso, filha de Antônio Rodrigues de
Alvarenga e de Ana Ribeiro, patriarcas de um dos ramos da família
Alvarenga (v.s.), de São Paulo (AM, Piratininga, 81; SL, VII, 169). Entre os
descendentes do casal, registram-se:
I
- a filha, Isabel de Freitas, matriarca de parte da família Leme (v.s.),
de São Paulo, por seu cas. com Braz Leme, filho de Aleixo Leme;
II
- a filha, Catarina de Freitas, matriarca de grande parte da família
Barros Freire (v.s.), de São Paulo, por seu cas. com Francisco de Barros
Freire;
III
- a filha, Maria de Freitas, matriarca da família Cassão (v.s.), de São
Paulo, por seu cas. com João de Brito Cassão [Portugal - 1640].
Descendentes de Francisco de Barros Freire
Biografia de
Cláudio
Manuel da Costa
Cláudio Manuel da Costa, nasceu no Ribeirão do Carmo (atual Mariana) em 1729, e morreu em Ouro Preto, no mesmo Estado, a 4 de junho de 1789, era neto de Francisco de Barros Freire. Cláudio teve os seguintes filhos naturais:
Teve
uma companheira, que lhe gerou: 1. uma filha Teve outra companheira, que lhe gerou: 2. uma filha |
Iniciou
seus estudos em Vila Rica, indo posteriormente para o Rio de Janeiro onde fez os
estudos preparatórios no Colégio dos Jesuítas, viajando mais tarde para
Coimbra, onde freqüentou e se formou em
1753, em direito canônico pela Universidade de Coimbra, em Portugal.
Seus primeiros trabalhos literários datam dessa época, e se dedicou,
simultaneamente, à poesia, tendo publicado vários folhetos de versos.
Depois
de doutorado em Direito, regressou ao Brasil, em 1753, para exercer em Vila Rica
(Ouro Preto) as funções de advogado, entre outras coisas, foi nomeado secretário
do governo da
capitania pelo Conde de Bobadela em 1762.
Em
1768, fundou uma academia literária no palácio
do governo, que foi batizada de Arcádia Ultramarina, era uma Arcádia de
poetas, onde Cláudio conviveu com Manuel Inácio da Silva Alvarenga e Tomás
Antônio Gonzaga, seus companheiros de Coimbra, e com vários outros literatos.
Quando
tornou-se juiz das demarcações das sesmarias de Vila Rica até 1773, adotou o
nome árcade de Glauceste Saturnio, como pseudônimo, dedicando-lhe uma
"Saudação" no ano de 1768. Inspirado pelo poema Uraguai, de Basílio
da Gama, escreveu a epopéia Vila Rica em 1773. Atribui-se-lhe também a autoria
da "Epístola" que precede as famosas Cartas Chilenas, de Tomás Antônio
Gonzaga. Cláudio Manuel da Costa é o patrono da Cadeira N.º 8 da Academia
Brasileira de Letras. Era amigo dos poetas José Inácio de Alvarenga Peixoto e
Tomás Antônio Gonzaga.
Das
reuniões dessa Arcádia nasceu a idéia de uma conjura política, contra o
governador do Estado, na qual tomaram parte, além dos poetas já citados, o
alferes Joaquim José da Silva Xavier, cognominado "Tiradentes". Dessa
conspiração, que ficou conhecida na História com o nome de Conjuração
Mineira, resultou a condenação à morte do alferes Silva Xavier e a punição,
com pesadas penas, dos outros elementos que nela estiveram envolvidos. Cláudio
Manuel da Costa também foi apontado como conspirador por reunir os conjurados
da Inconfidência Mineira, tendo sido encarcerado numa prisão de Ouro Preto em
1789,
e encontrado morto em sua cela na Prisão da Casa de Contos, onde a
historiografia tradicional afirma que se suicidou.
É
o mais barroco dos autores árcades mineiros. Contemporâneo da Arcádia
Lusitana, fundada em 1756, o escritor procura equilibrar sua forte vocação
barroca à tendência neoclassicista. Por outro lado, introduz elementos locais
em sua poesia, buscando adaptar a descrição da paisagem natal ao modelo retórico
árcade. Ao narrar a história da Capitania de Minas no poema Vila Rica,
expressa forte sentimento nacionalista, valorizando esteticamente as riquezas
naturais de sua terra.
Escreve
Oiliam José ("Tiradentes", impr. Oficial, 1974): "O concubinato
nas Minas chegava a tal ponto que. se viam...vivendo ilicitamente com
mulheres...expoentes da vida social mineira, líderes da cultura, da economia e
até do clero das Gerais, Cláudio Manoel da Costa dava, nessa época, em Vila
Rica, lamentável exemplo de fragilidade moral ...teve duas companheiras que lhe
geraram duas filhas, "Tiveram ainda filhos ilegítimos, o Ten. Cel.
Francisco de Paula Freire de Andrade, o Pe. José da Silva e Oliveira Rolim, o Cônego
Luiz Vieira da Silva, todos revolucionários de 1789. Et passim.(op. cit.)
Fonte: http://beta.mgconecta.com.br/~augusto/tiradentes.html . A Inconfidência Mineira, uma síntese factual. Biblioteca do Exército. Rio de Janeiro. 1989. página 112, Márcio Jardim.