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o professor Baroni participa
do orkut

 

Bem-vindo(a) a página feita em Homenagem ao Prof. Dr. Waldemar Baroni Santos.


 

Prof. Dr. Waldemar Baroni Santos

 


 Waldemar Baroni Santos em sua sala de estudos

Por Consuelo Maria Freire Guimarães

Conheci neste ano de 2007 o professor e mestre em Heráldica Prof. Dr. Waldemar Baroni Santos, ou simplesmente Professor Baroni como ele gosta de ser chamado pelos amigos,  quando do nosso pedido de informações sobre Heráldica, matéria relacionada com a genealogia, que é uma área da qual, há vários anos estamos nos aprofundando, e não foi difícil perceber, pelo interesse e pela seriedade dos assuntos por ele tratados, que ali estava uma pessoa que faz honrar a trajetória dos que exercem o magistério e domina tão profundamente a Arte da Heráldica. Pessoalmente fui conhecê-lo.

Foi com muita atenção que ouvi aquele senhor de cabelos brancos em seus 92 anos, e pleno de sabedoria, explicando-me em sua apresentação pormenorizadamente, sua trajetória de vida, e os motivos que o levaram a escrever os Tratados de Heráldica, que já é uma obra clássica, a idéia central dos livros, foi descrever como nasceu a Heráldica, suas formas e sua utilização, orientando os leitores nas questões nem sempre fáceis, ao contrário, complicadas. Podemos imaginar a dificuldade do professor em uma matéria secular que integra o sistema nobiliárquico. "Se desejarmos definir o que seja Nobreza, veremos que pode ser ela considerada, sob diversos aspectos: Qualidade ou Caráter Nobre, Fidalguia, Excelência, Dignidade, Nobreza de Estilo, Nobreza Titulada Civil ou Religiosa, Magnanimidade, Generosidade, Longanimidade.

A Nobreza Titulada Civil é conferida por um Soberano; a Religiosa, pela Santa Sé ou por uma Sede Patriarcal Ortodoxa. Que fique bem claro: Nobreza não se cria. Ela já existe na pessoa física do beneficiário, como se depreende pelo capítulo a seguir. O Poder Real a reconhece, confirma, e a premia por meio de títulos de Nobreza. Os Chefes de Estado de uma República assim o faz com a outorga de medalhas de mérito, de heroísmo e títulos honoríficos
." (Waldemar Baroni Santos Tratado de Heráldica vol.III pag. 33 -2004)

Não faltam méritos ao professor Waldemar Baroni Santos para a realização do trabalho a que se propôs. Sua intimidade com a ciência à qual empresta o melhor de si é reflexo do longo tempo que lhe dedicou em interesse, estudo e pesquisa. O corolário dessa relação foram os Tratados, feitos, de resto, com critério e competência, como menciona Manoel Lelo Belloto:
Deu origem a este Tratado de Heráldica uma série de artigos publicados originariamente na Revista Dom Bosco, na Revista Gama Estudantil, na Revista São Paulo Magazine e no Diário Popular de São Paulo, entre os anos de 1948 e 1970.
Retomou-os o Autor, refundiu-os, acrescentou-lhes, atualizou-os e nos oferece hoje, em boa hora e oportunamente, um livro que, pelo didatismo, disposição, clareza e abrangência do conteúdo, vem ocupar um lugar de destaque na bibliografia sobre Heráldica e Direito Nobiliário até agora publicada no Brasil, de consulta obrigatória na eventualidade da criação de uma disciplina de Heráldica nas Faculdades de Arte do País.
Trata-se, fundamentalmente, de uma obra sobre Heráldica de Família, de Domínio e Eclesiástica, minuciosamente exemplificada e amplamente ilustrada.
MANOEL LELO BELLOTTO - Diretor do Instituto de Artes do Planalto - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Tratado de Heráldica vol.I, pág. 5 e 6)

O que é o estudo da Heráldica? Para o Professor Baroni, a seguir reproduzo um trecho do livro Tratado de Heráldica - Volume I, pag. 07, em seu Prólogo:

O estudo da Heráldica, além de sublime, porque empolga qualquer historiador, tem o condão de atrair, em suas malhas, os afeiçoados pelas artes em geral.
A maioria dos Institutos Históricos e Geográficos possui uma seção de Heráldica que congrega especialistas de rara cultura.
A Heráldica, longe de ser uma ciência estática, evolui com o tempo e acompanha, pari passu, as novas conquistas do saber humano.
Este nosso trabalho, não obstante advir de longos anos de pesquisa, é uma despretensiosa contribuição aos que procuram um Manual de Consultas, em língua portuguesa, com exemplos bem brasileiros, calcados na Heráldica de Família, de Domínio ou Eclesiástica. É o culto às nossas tradições; é uma homenagem aos homens que construíram a nossa nacionalidade.
A Heráldica não se fixa somente na Nobreza. Comparece, também, nas lides militares, nas entidades estatais e municipais, nas associações religiosas e civis, nas competições desportivas e agremiações escolares.
O estudo da Heráldica é, portanto, útil e fascinante não só aos que manuseiam alfarrábios, mas também aos que amam o Belo e a Cultura.
A esses estudos fomos conduzidos, desde o alvorecer de nossa juventude, pelo mui pranteado abade premonstratense Dom Alderico Lambrechts, Reitor do antigo Seminário Menor Metropolitano de Pirapora, que nos incumbiu de desenhar e iluminar, a cores, os brasões dos bispos que adornavam as paredes de seu salão de festas.
A nossa íntima e inesquecível amizade com Dom José Gaspar de Afonseca e Silva, antigo Reitor do Seminário Central da I.C. do Ipiranga, onde com avidez, nos eleamos, nos meandros da perene Filosofia Escolástica de Sto. Tomás D'Aquino, firmou os nossos pendores para esta magnífica, estupenda e heróica arte dos brasões. A este ilustre prelado, eleito, posteriormente, IIº Arcebispo de S. Paulo, deve-se a comovente apoteose, em 1942, do IV.º Congresso Eucarístico Nacional.
Muito nos honra ter ciência de que alguns autores se tenham servido de nossas linhas, já anteriormente publicadas, para robustecerem as páginas de seus trabalhos. O fato de se terem olvidade de mencionar a nossa fonte, em nada diminui o bom conceito que fazemos desses escritores...
0 nosso primeiro trabalho de fôlego, no gênero, foi gentilmente agasalhado, em 1948, pela Revista Dom Bosco, do Liceu Coração de Jesus, dos Padres Salesianos, onde lecionamos durante 29 anos. A propósito, honra-nos aqui fazer alusão aos quarenta e quatro anos de exercício ininterrupto no Magistério paulista Não tem sido em vão o nosso trabalho: aí esta uma legião de ex-alunos nossos que hoje pontificam na Magistratura, nas Artes e nas Ciências. Somos-lhes gratos pelas dezoito vezes que nos alçaram às honras da Paraninfatura e ao Patronato de cerimônias de formaturas.
Posteriormente, em 1958, em 1962 e em 1970, a Revista Gama Estudantil, a Revista São Paulo Magazine e o Diário Popular, onde, por vários anos, exercemos as funções de Assessor de sua Diretoria, mui bondosamente, deram a público o fruto de nossos esforços que, mui modestamente têm contribuído para enaltecer a cultura nacional. Às suas Diretorias, a nossa imorredoura gratidão.
Cumpre-nos, neste passo, agradecer, outrossim, a inúmeras instituições de renome internacional que se dignaram nos acolher no rol de seus ilustres membros, laureando-nos, premiando-nos e nos dando novos alentos.
É-nos grato dar aqui uma ênfase especial aos estudos da HERÁLDICA ECLESIÁSTICA, DA HERÁLDICA DE DOMÍNIO e aos de DIREITO NOBILIÁRIO.
Se os eruditos e especialistas nos honrarem com suas críticas e observações, desde já, nos confessamos sinceramente reconhecidos. Que relevem, com benevolência, as nossas deficiências não obstante termos combatido bem o nosso combate, no dizer do Apóstolo a Timóteo: "Bonum certamen certavi, cursum consummavi, fIdem servavi" - Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. (Ep. II ad Timotheum, IV. 7).
São Paulo, 19 de novembro, dia festivo da Bandeira Nacional, de 1978.
Waldemar Baroni Santos (o autor).

A riquíssima experiência do Professor Waldemar no campo da Heráldica foi divulgada nos quatro livros de sua autoria:

 

- Tratado de Heráldica Vol I, as primeiras edições foram divulgadas na forma de capítulos, pelas seguintes revistas: 1ª edição, publicado pela Revista Dom Bosco em 1948, 2ª edição publicado pela Revista Gama Estudantil em 1958, 3ª edição publicado pela Revista São Paulo, Magazine em 1962, 4ª edição publicado pelo Diário Popular, em 1970, e a 5 edição Tratado de Heráldica vol. I, composta e impresa no Departamento Grafico da Faculdade Franciscana em Bragança Paulista em 1978.

1° Volume é um alentado trabalho, profusamente ilustrado, a bico de pena, da lavra de seu próprio Autor e com Prefácio do Prof. Dr. Manoel L. Belloto, Diretor daquela unidade universitária.
As primeiras edições foram divulgadas, em forma de capítulos, por diversas revistas, inclusive o Diário Popular.
Esta edição - a 5ª — está completamente refundida e ampliada, com duas partes distintas:
Na 1ª, sob o título de "Heráldica Geral", expõem-se, toda a técnica dos brasões, suas leis, sua feitura e sua interpretação; a Heráldica de Domínio, explicando como se confeccionam brasões de vilas, cidades e capitais; um estudo sobre Ex-Libris e uma estupenda análise sobre Heráldica Eclesiástica, inédita em todo o mundo.
Neste capítulo, faz o Autor um minucioso estudo sobre os brasões de todos os bispos que ocuparam o sólio paulopolitano, reportando-se a seu conhecido trabalho sobre a "Heráldica dos Bispos de São Paulo", publicado em "A Igreja nos Quatro Séculos de S. Paulo", por ocasião do IVº Centenário da Capital Paulista.
A par disto, como pressuposto doutrinário e histórico, oferece-nos o seu Autor, um estudo sobre as vestes e objetos litúrgicos, bem como um resumo da doutrina de Sto. Tomás D'Aquino sobre os participantes da Corte Celeste que possam interessar, como figura angelicais, os brasões religiosos.
Na 2ª Parte, sob o título de "Direito Nobiliário", inaugura, seu Autor, como, jornalista e advogado, uma nova especialidade no âmbito do Direito. Analisando e comentando numerosas sentenças do Poder Judiciário Italiano, no que tange à Nobiliarquia, erige-se uma inédita e desconhecida Jurisprudência. Neste capítulo, ainda, examina, seu Autor, todas as modalidades de títulos nobiliários, seus privilégios heráldicos e jurídicos, através dos tempos.
Em apêndice, diversos assuntos são tratados, mormente sobre a genealogia da Casa Imperial Brasileira dos Orléans e Bragança e da ilustre e fidalga Casa dos D'Aquino.
Numerosos brasões de famílias, principalmente brasileiras, são também coligidos e examinados e que irão suscitar real interesse entre artistas, historiadores e genealogistas. Bragança Jornal de 18-1-1978 La Lâmpada, N. 329/335.

- Tratado de Heráldica, Volume II, edição, publicada pela Copiador Continental, em 1990.

O 2° Volume, focaliza, de modo particular, o Direito Nobiliário, inteiramente ilustrado com desenhos de sua lavra.
Em torno deste núcleo, com habilidade magistral, faz o Autor gravitar diversos temas, inéditos muitos deles, que intimamente se relacionam.
A partir da teoria do Direito Divino, na esteira de Hobbes, Bossuet e outros escritores cristãos, expõe o Autor sua doutrina com sólida argumentação, clareza sem par e precisão didática, de onde fluem os poderes e as prerrogativas da soberania dos reis que, extintos seus tronos, se projetam em seus herdeiros e sucessores, na figura dos Chefes, de Nome e de Armas de. sua Dinastia.
Envolvendo seus leitores num emaranhado de ricos e oportunos ensinamentos, brinda-lhes o Autor com conhecimentos novos não antes ventilados nem expostos por pesquisadores de renome que o precederam. Terá o leitor oportunidade de se enfronhar nas questões da Sagração dos Reis; da Gênese das Prerrogativas Reais, da Outorga e o Uso de Dignidades Nobiliárias; do Poder Judiciário e as Entidades Canônicas; das Características, Legitimidade,
Doutrina e Jurisprudência das Ordens de Cavalaria, desde os tempos medievais; do Código de Honra e da Investidura de um Cavaleiro Cristão e outros temas de interesse, encerrando este volume com a transcrição do original, na íntegra, de diversas sentenças prolatadas pelo Poder Judiciário italiano, no que concernem ao Direito Nobiliário.
D Prof. Waldemar Baroni Santos, tendo conquistado, com brilho, o grau de Doutor de Estado em Letras e Ciências Humanas — opção História — por defesa de tese na Universidade de Reims, França, teve seu título reconhecido, por Processo de Equivalência, pelo Conselho Universitário da UNESP e homologado pelo Despacho n.2677 do Magnífico Reitor Prof. Jorge Nagle (Diário Oficial do Estado de 26.10.1985), o quê lhe valeu uma homenagem, em 15.04. 85, do Congresso Nacional e grande repercussão na Imprensa do Brasil e de outros países.
Em 15.09.1987, num pleito internacional, foi eleito, por unanimidade, Membro da Comissão, com jurisdição na América, da "The International Commission for the Recognition of Orders of Chivalry" e, em 26. 06.1989, designado Membro do Conselho do "World Parliament Confederation of Chivalry" de Sydney, na Austrália, assim como Membro do Capítulo da "International Association of Educators for World Peace" (NGO, United Nations & UNESCO).
No âmbito do" Direito, como jurisconsulto de diversas Academias e Institutos de Heráldica, foi reconhecido como jurista, com projeção internacional, pela Pirizia Giurata Stragiudiziale presso la Pretura Unificata di Bergamo - Ministério di Grazia e Giustizia d'Itália e pela Revue Internationale de Criminologie. et de Police Techique de Geneve, Suisse, sendo homenageado com o título de "Honorary Member of the Honor Legion of the New Jersey State Police Departments".
Bragança Jornal Diário, 26.09.1989.


- Tratado de Heráldica, Volume III, publicado pela Editora Referência Ltda, em 2004.

O 3° Volume, que já usufrui de fama internacional, tem todas as chances de se tornar uma obra clássica, consultada pelos mais exigentes especialistas na matéria, com assuntos completamente inéditos e desconhecidos de obras anteriormente publicadas por outros autores. A vista disto, tem sido seu autor homenageado por governos do Brasil e do Exterior.
Em 25-5-1946, em Roma, recebeu de Sua  Majestade Umberto II, Rei de Itália, o grau nobiliário de Grand'Ufficiale dell' "Ordine della Corona d'Itália", colla qualifica di Conte di Midila e, no dia 27 do mesmo mês, a Gran Croce delil' "Ordine dei Santi Maurizio e Lazzaro", cujos documentos, em cópias legalizadas, se acham arquivados na Casa Real de Itália, sob a guarda de seu filho Sua Alteza Real Vittorio Emanuele, Duca di Savoia, Príncipe di Napoli e Pretendente ao trono italiano.
Em 07-9-1955, recebeu do Ministério da Justiça e Negócios Interiores a Medalha Marechal Hermes e a do Marechal Souza Aguiar, em 02-6-1955.
Em 12-9-1986, recebeu de Sua Majestade Hassan I, Rei do Afeganistão, o grau de Comendador da "The Royal Dursani Order of the Crown of Amanullah".
Em 25-6-2002, pelo Governador Mike Johanns, foi nomeado Almirante em Chefe, Honorário, da Grande Marinha do Estado de Nebraska, e do Governador Paul E. Patton, de Kentucki, a patente de Kentucki Colonel, USA, em 22-01-2002.
Pelo Decreto de 10-9-2001 do Governador do Estado de S. Paulo, Dr. Geraldo Alckmin, recebeu a Grã Cruz da Ordem do Ipiranga e a nomeação para Membro do Conselho Estadual de Honrarias e Mérito.
Numerosos são os institutos de nível superior e academias, do Brasil e do Exterior, que disputam a honra de recebê-lo em seu seio.
Dedicando cinqüenta anos de sua vida ao Magistério, foi levado a conquistar vários títulos de curso superior, inclusive por defesa de tese, na Universidade de Reims, França, para obtenção do título de Doutor de Estado em Letras e Ciências Humanas opção História.
Aposentou-se como Professor Adjunto da Universidade Estadual Paulista (UNESP).
Conquistando a estima e o respeito de seus colegas e inúmeros discípulos foi eleito, por 22 vezes às honras da Paraninfatura e ao Patronato de festas de formatura.
Seus trabalhos sobre Heráldica foram citados na Perizia Giurata Stragiudiziale junto à Pretura Unificata di Bergamo, ne 22641 de 23-12-1981, do Poder Judiciário italiano.
Neste 3°
volume de seu Tratado, colecionou diversas Sentenças e Acórdãos do Judiciário de Espanha, como o fizeram, os volumes anteriores, desta obra, com Sentenças da Magistratura italiana.
Justificando, assim, a criação de uma nova área do Direito - o Direito Nobiliário.
De início, sob o título de Prolegómenos, depois Florilégio Heráldico, seus leitores terão oportunidade de conhecer, como "
Ciência Auxiliar da História", tema de sua defesa de tese, uma matéria desconhecida dos estudantes de nossas universidades. Terão, assim, eles, a oportunidade de analisar, no âmbito da Heráldica, a questão do poder temporal dos Sumos Pontífices da Igreja Católica, assim como conhecer as origens da Igreja Ortodoxa, da Greco-Ortodoxa, da Arménia e da Anglicana, no âmbito do Ecumenismo, que têm direito ao uso de brasões prelatícios.
A Heráldica Corporativa religiosa, associativa, cultural, profissional, militar e desportiva recebeu do Autor um tratamento especial. A Heráldica de Domínio tem um lugar privilegiado neste primoroso trabalho que muito honra o seu dedicado e incansável Autor.
Nello Ferrentini.

- Reminiscências,  publicado pela Editora Referência Ltda, em 1999.

O Dr. Waldemar Baroni Santos, autor deste livro, é um sonhador incorrigível. Advogado e Professor-Adjunto aposentado da UNESP, doutor de Estado pela Universidade de Reims, França convicto na profissão, à qual dedicou 50 anos, vive ainda hoje, no aconchego de seu lar, não obstante sua avançada idade, estudando, redigindo pareceres, pesquisando e escrevendo, em periódicos e revistas nacionais e do Exterior, com sabedoria e experiência, visando deixar, para a posteridade, o fruto de seu trabalho.
Dono de uma invejável cultura, após nos brindar com o seu festejado"Tratado de Heráldica", em dois volumes, resolve editar estas "Reminiscências", com prefácio do prof. Ives Gandra da Silva Martins, um ensaio, de gênero paradidático, que bem poderia intitular-se "Memórias", que conquistará, por certo, mais um troféu em sua fecunda carreira de escritor.
Compõe-se,este livro,de sete outros livros menores:
No 1°, num tapete mágico, convida seus leitores acompanharem-no, numa visita ao longínquo Oriente Médio, começando pelo Egito. Neste país, sua perspicácia de um autêntico historiador, descreve, com maestria, os estupendos monumentos da dinastia dos faraós. Tal é a grandiosidade de sua pena, que seus leitores se sentem, lado a lado, com o historiador, como um verdadeiro companheiro de viagem, compartilhando das mesmas emoções. A Terra Santa recebe o autor e sua esposa, como piedosos e autênticos peregrinos. Nada fica para trás. Tudo é visto com olhos maravilhados, conduzindo seus leitores a um verdadeiro êxtase. A Turquia, terra lendária, com sua Istambul, emersa da famosa Bizâncio, transformada em Constantinopla, é rica de informações. Que dizer, então, da estupenda Grécia, com seus monumentos que impressionam e comovem os mais exigentes visitantes? A Itália é, também, visitada, rapidamente, mas o suficiente para deixar seus convidados encantados.
No 2°, embrenha-se nos "Meandros da Heráldica", sua especialidade, com informações inéditas, para gáudio dos aficionados.
No 3°, em "Ecos do Campanário", é uma tournée na área dos conceitos religiosos, recordando seus estudos de Filosofia Escolástica e Teologia.
No 4°, em "Coquetel de Estrelas", o autor nos oferece, em taças de cristal, alguns estudos, analisando a evolução das artes plásticas, da Música, da Linguagem; da comunicação lingüística; do título de Doutor, desde os primórdios de sua instituição, e outros temas de interesse, na anualidade.
No 5°, em "Resenha Literária", no âmbito da mais requintada literatura, expõe o autor, à consideração de seus leitores, alguns temas de alta relevância.
No 6°, "A Sombra do Direito", como advogado, estudioso de temas jurídicos atuais, enfrenta questões polêmicas, com segurança e sólida argumentação.
No 7° livro, enfim, com sua verve de apreciado humorista, diverte seus convidados,com uma rodada de surpreendentes hilaridades.
Uma rica coletânea de pareceres de intelectuais e de especialistas na matéria enfeixa, com chave de ouro, as páginas deste primoroso trabalho.
 

DEDICATÓRIA

Os escritores têm por hábito reservar uma página inteira, quase em branco, para uma dedicatória lacônica com, no máximo, três nomes. Todavia, razões não me faltam, para contrariar esta prática e redigi-la como melhor me aprouver.

Minha esposa Aracy, Dona Ceci, para os íntimos, é a responsável por esta edição. O estímulo e a sua dedicação me deram coragem para mandar imprimir estas páginas como lembrança. Meus filhos encarregaram-se da difícil tarefa de driblar o computador. A eles, os meus sinceros agradecimentos. No fim do dia, após os afazeres domésticos, ela e a babá Sebastiana, uma senhora que está conosco há mais de cinqüenta anos, e que ajudou a criar nossos filhos, vivem quietinhas, até altas horas da noite, no fundo de poltronas a tecer tricô e crochê para as criancinhas carentes.

De meu filho Tarcísio Armando, casado com Magaly, nasceram Tatiana, já mocinha, Caroline e Bianca - Tati, Carol e Bia, para os mais chegados. São três meninas vivas e espertas que dão trabalho por meia-duzia e que além de darem conta de seus deveres escolares, estudam piano com a vovó Ceci.
De meu segundo filho Luís Cássio, casado com Irène-Colette-Odile, vieram Raphael, Patrick e Isabèlle, que se dedicam, nas horas vagas da escola, ao judô, natação e equitação, sobrando-lhes muito pouco tempo para uma salutar traquinagem.
No sítio do papai, após um bom banho de piscina, "passam ordens ao empregado" para que arreie os cavalos para um passeio nos recantos da propriedade e, logo mais, invadem o sítio do titio, que é separado, apenas, por uma porteira. Ali são capazes de distinguir as folhas de milho do capim Cameron ou Napier.
Não raro, acomodado e ensimesmado, numa poltrona da varanda, entretido com um livro, espantam-me fortes shlop-shlop, shlop-shlop de dois enormes rosilhos, troteando juntos e imponentes, par a par, exibindo duas argolas prateadas nos freios. Bem firmes nos arreios, lá no alto, surgem dois palminhos de gente - Carol e Isabèlle - mandando tchauzinhos ao vovô.
Esses netinhos já venceram os primeiros livros e já estão enfrentando os métodos de piano Czerny, Hanon e o Burgmúller.
Numa tarde destas, chamaram a vovó para que viesse, depressa, ver um programa infantil de televisão que apresentava um pianista tocando um belo concerto:
- É Beethoven! Exclamam eles, entusiasmados...

Esta é minha família, a quem, com carinho, dedico este livro.
Vovô Baroni

   
 D. Aracy D'Aquino Baroni Santos

 
Minha família

                                                                                     

PRÓLOGO
Ha sempre uma razão que justifique o aparecimento de um livro. Esta é simples em nosso caso: muitos artigos foram escritos em revistas e jornais, em toda a nossa longa vida profissional. Como é natural, esses trabalhos se perdem com o tempo. A única maneira de conservá-los é reunir essas páginas esparsas, num só volume.
Muita coisa ficou escrita e que perdeu a oportunidade: não convém rememorá-la. A par destes escritos, há também a recordação de nossos tempos de infância e juventude.
Os antigos diziam que quando alguém resolve escrever suas "memórias", é porque o fim está próximo! Longe de nós esta idéia. Apesar de não acreditarmos nestas superstições, batemos com os nós dos dedos, três vezes, sobre uma mesa... Não convém facilitar! Não obstante nossa idade avançada, graças a Deus, sentimo-nos ainda em plena forma. Apelamos para o título "Reminiscências", que no fundo, no fundo, significa a mesma cousa. Deixemos, para lá, as "Memórias" - "No cremos en brujas, pêro que Ias hay, Ias hay".
Há aqui recordações de nossa viagem ao Oriente Médio. Nessa ocasião, como noticiaram o "Bragança Jornal Diário" e a "Folha de Santa Adélia" de 20-5-1995, que lá, por sugestão de nossos filhos, iríamos apagar as nossas oitenta velinhas, aos pés do Santo Sepulcro. Valeu!
Nosso estilo é "requintado e preciosista", dizem nossos críticos. Será? Talvez assim seja! Não nos preocupa a corrente literária que mais está em moda. O escritor que se atenha a esses modelos, a esses paradigmas, fica peiado à forma e a estrutura do contexto e sua imaginação se humilha em um burel franciscano.
Seu trabalho perde a naturalidade e marcha ao som de tambores e cornetas. O "direita volver" e as ordens de "descansar" transformam-no em um militar subalterno. Preocupa-nos, isto sim, ao descrever um tema qualquer, a modulação da frase, que muito se assemelha à poesia. Sem percebermos, muitas delas, se montadas, segundo as regras da Arte Poética, se ajustam a versos decassílabos. Será isto uma virtude? Alguns dizem que sim, outros que não. Exemplos semelhantes, de sobra, temos no "Iracema" de Alencar.
Cuidamos, com carinho, da ondulação entre os acentos fortes e os fracos de um vocábulo, por mais inexpressivo que seja. Quantas vezes repelimos termos que, não obstante traduzirem melhor o nosso pensamento, possuem sílabas e fonemas que quebram o ritmo do fraseado.
Quantas vezes, a altas horas da noite, dirigimo-nos à nossa secretária, para anotar um pensamento sublime que nos venha à mente. Isto nos faz lembrar o divino Vivaldi, que, no meio da missa, interrompia as suas orações, e dirigia-se à sacristia, para registrar um tema ou mesmo uma nova melodia que lhe ocorrera inesperadamente. Esta história foi contestada pelo próprio compositor, mas onde há fumaça, há fogo...
O desenrolar das palavras, num texto qualquer, obedece a um ritmo ameno que muito se aproxima de uma melodia romanceada. Tudo é natural e espontâneo. Nada é sofisticado. Vamos redigindo o nosso texto, sem atropelos. Devagarinho, devagarinho, sem nos dar conta do que está acontecendo, vamos galgando as encostas do maravilhoso e. lá, nas alturas, nos deliciamos vitorioso, por mais esta conquista, à moda de um alpinista arrojado.
Escrevemos, para nós mesmos; para uma satisfação íntima e pessoal, nem sempre com o objetivo de publicação. Nosso baú velho está recheado de rabiscos inéditos e de outros já publicados.
Republicá-los todos, além de consumir inutilmente uma montanha de papel, seria estafante e ocioso.
Emociona-nos, profundamente, uma gota de orvalho que escorre de uma folha sedenta, abandonada ao léu; comove-nos a composição multicolorida de um "amor-perfeito" que se cultiva num jardim bem cuidado; de maneira extraordinária, perturba-nos a beleza da "Pietà" de Michelangelo; admira-nos a maciez e a transparência da pele das mãos da Virgem, magistralmente esculpidas, no mármore Carrara; sentimos forte impressão ao ver a mão encarquilhada e macilenta de um pobre homem, que a estende aos transeuntes, solicitando-lhes a caridade de uma ajuda... Isto tudo se constitui num esteio onde se firmam a nossa imaginação e a nossa arte. É analisando os problemas da vida e a angústia dos que nada têm, que conseguimos juntar os elementos para estruturar o nosso trabalho que, em última análise, se transforma em uma literatura de cunho social. De quando em quando, um conto de Natal flui de nossa alma comovida pela ocasião. Muitos deles são aqui transcritos , com um endereço certo. Destinam-se a nossos netos. É para eles que foram redigidos.
Outros temas são aí ventilados. Como se tratam de assuntos completamente diversos, resolvemos enfeixá-los, como se fazia antigamente, em livros autônomos, apensos uns a outros. Sete são, pois, os livros menores, reunidos num só. A idéia é boa. É melhor que distribuí-los em capítulos que,"a fortiori", se entrosam entre si, como etapas diversas de um mesmo assunto que se desenrola numa mesma trilha.
Considerando que diversos artigos foram publicados há tempos, coube-nos a tarefa de atualizá-los e assim torná-los mais úteis a nossos leitores.
Na esperança de que nossos amigos que tantos estímulos nos deram em situações anteriores, que se publicam no Apêndice, como lembrança, apreciem este trabalho, aqui ficam os nossos agradecimentos.
Waldemar Baroni Santos.

PREFÁCIO
Waldemar Baroni Santos é presidente da Academia Brasileira de Ciências Sociais e Políticas e meu confrade no Sodalício. Desde que travamos conhecimento, impressionou-me seu caráter, sua cultura, seu discernimento político e sua maneira elegante de expor ideias e suscitar questões atuais para reflexão de amigos e companheiros de trabalho.
Bem casado, com filhos, netos e amigos, sua vida tem sido um gerador contínuo de excelentes escritos e de fecundas realizações, preenchendo, com superior espírito de criação, os espaços que ocupa como professor e autor de sucesso. Sua legião de admiradores aí está a demonstrar o quanto é respeitado, e o sucesso de suas obras, todas com um toque diferencial para meditação, coroam sua ação no magistério e humanística.
"Tratado de Heráldica" é livro conformado para aqueles que cultivam nossas tradições maiores e respeitam todos os que forjaram a nacionalidade, ou melhor, as nacionalidades do globo. E obra imprescindível, lembrado-se que o autor é Cavaleiro professo da Ordem Soberana dos Cavaleiros do Coelho de Ouro. De rigor, é um livro sobre o Direito Nobiliário, com farto material a jurisprudência europeia a respeito da matéria, sobre narrar a história das Ordens de Cavaleiros, desde os tempos medievais. Eu, como "Chevalier Commandeur" da Ordre Militaire et Hospitalaire Saint Lazare de Jerusalém, fundada em 1097, apreciei sobremaneira sua brilhante obra a respeito do direito nobiliário.
Waldemar Baroni é ainda mestre internacional, doutor pela Universidade de Reims, na França, em Letras e Ciências Humanas, título que lhe valeu o reconhecimento nacional com particular homenagem do Congresso Nacional em 15/03/85 e a integração neste grau na UNESP, onde se aposentou como professor adjunto.
Seu livro atual não é bom. Ê ótimo. E uma viagem por sua vida, que todos esperamos será ainda muito longa, em que se confundem a sua história do Brasil e a do mundo. Dividiu-o em 7 partes (Reminiscências de uma viagem; Nos meandros da Heráldica; Ecos de um campanário; Coquetel de estrelas; Resenha Literária; A sombra do Direito e Folhas que o vento leva). A leveza deste turismo sentimental e erudito pelo tem-po pretérito, exposto com elegância elitista irreprochável. Perdoe-me o galicismo traz, todavia, elementos de reflexão sobre o futuro da humanidade, hoje bastante divorciado de suas origens e navegando pelos mares procelosos de uma sobrevivência sem raízes e sem destino, Baroni ensina, pelo passado, a viver o futuro, e é o mérito maior de seu livro que muitos méritos tem para todos aqueles que buscam um exemplo, uma âncora capaz de estabilizar a nave em momentos de tormenta e um leme capaz de, sempre que necessário, permitir a retomada da extensa navegação do homem para o infinito.
Sinto-me honrado de poder unir meu nome às admiráveis reminiscências de Waldemar Baroni, meu confrade e meu amigo, modelo plutarquiano para todas gerações.
S.P., 18/08/1998.
Ives Gandra da Silva Martins
Professor emérito da Universidade
Mackenzie, em cuja Faculdade de Direito
foi Titular de Direito Econômico
e de Direito Constitucional.


A mensagem do professor Waldemar Baroni Santos é que: "A nobreza não se cria. Ela já existe na pessoa física do beneficiário, o Poder Real a reconhece, confirma e a premia por meio de títulos de Nobreza, e os Chefes de Estado assim o faz com a outorga de medalhas de mérito, de heroísmo e títulos honoríficos."

"O brasão de armas é um documento precioso que registra os grandes feitos, conquistas e provas de heroísmo, fatti di sangue e di onore, de ilustres personalidades de um passado histórico, de numerosas batalhas dos cruzados ao libertarem o Santo Sepulcro das mãos infiéis dos sarracenos. Foram esses heróis que criaram a Nobreza titulada, tanto que em França há a "Societé Française de Ia Noblesse", que congrega os nobres antigos, anteriores a Napoleão. Esses nobres formarem uma plêiade de guerreiros, protegidos por escudos que se tornaram troféus militares conservados por seus descendentes, com orgulho e religioso respeito, gerando assim a arte de blasoná-los, operação privativa das ciências heráldicas. Portanto, Nobreza não é um conglomerado de fidalgos vaidosos e presunçosos pleiteando uma posição de relevo na sociedade.

Nobres foram os mártires que deram seu sangue pela Fé; foram os egressos das catacumbas que se expunham à sanha imperial para levarem, como São Tarcísio, o pão dos anjos - a Sagrada Eucaristia -, para os prisioneiros cristãos, trancafiados a pesados e desumanos grilhões; são nobres os que procuram imitar a Santa Madre Tereza de Calcutá, a Santa Madre Paulina, a Venerável e saudosa Irmã Dulce, da Bahia, que deram sua vida pelos carentes e deserdados da sorte; são nobres as pessoas que como a Santa Gianna Beretta, canonizada, no dia 16 de maio, p.p. por S.S. o Papa João Paulo II, por seu heroísmo contra o aborto, aconselhada a praticá-lo, por possuir, no ventre, um tumor maligno. Não teve dúvidas. Ofereceu sua vida para salvar a do filho; são nobres as senhoras donas-de-casa, que dedicam toda sua vida à criação e educação de seus filhos, respeitando e amando seus fieis maridos; são nobres os valentes guerreiros que defendem a sua bandeira, em campos de batalha; são nobres os professores de todos os graus que militam diariamente, dando doze horas de aulas, por dia, com prejuízo de sua saúde, em favor de seus alunos; são nobres os magistrados e todos os que compõem o Judiciário para distribuir a Justiça, protegendo os direitos de um cidadão; são nobres os missionários que enfrentam onças e serpentes veneníferas, em sertões afora, de nosso grande Brasil, levando, aos indígenas, os preceitos da Evangelização; são nobres as freiras contemplativas que, aos pés do altar, oferecem suas vidas em benefício das pessoas que lhes pedem orações para poderem enfrentar suas mazelas; são nobres os sacerdotes e os demais prelados da Igreja que trabalham em favor da santificação de seus fieis; são nobres os profissionais médicos e enfermeiras que dedicam sua vida na nobre missão de mitigar a dor de seus pacientes - Divinum est sedare dolorem! - É obra divina mitigar a dor.
Donde se conclui que afirmar que, com o advento da República, o tempo dos nobres acabou é um disparate que não tem tamanho! Assim procedem, porque julgam que são nobres as pessoas petulantes que carregam nas costas um jacá de vanglória e de orgulho, de presunção e de jactância, de bazófia e de superioridade e nas mãos um pergaminho nobiliárquico que, pouco ou nada significa. Estes, há muito tempo, se divorciaram do legítimo sentido da Nobreza. Considerando que estes títulos lhes foram concedidos para reconhecerem um "status" de Nobreza, tornando-se seus possuidores indignos deles. Fica a certeza de que sua outorga foi intempestiva e desmerecida." (Waldemar Baroni Santos - Tratado de Heráldica vol.III pag. 34 -2004.

 

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FICHA ACADÊMICA

Dom  Waldemar Baroni Santos

 

Nascido em S. Paulo/SP, a 30-5-1915, filho de S.A.S. Don Annibal (Pereira) dos Santos, de Villanova, herdeiro da " Sérénissie Maison Princière de Bermuez des Longobards" e de S.A.R. Dona Elide Giulia Maria Baroni, di Cataônia.
O Dr. Waldemar Baroni Santos, advogado e Professor-Adjunto aposentado do Instituto de Artes do Planalto da Universidade Estadual Paulista (UNESP), historiador de grande envergadura, mormente no âmbito da Heráldica, após muitos anos de exercício no Magistério, divulgando seus estudos em grande número de revistas e jornais do Brasil e do Exterior,  Perito e Membro da "Chambre Européenne des Arbitres Estrajudiciaires et des Experts d'Europe" no âmbito da Jurisprudência internacional, Presidente da Academia Brasileira de Ciências Sociais e Políticas, Sócio Emérito do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, membro dos Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais, Bahia, Santos e Sergipe, Doutor em Psicologia e Leis, Dr. "honoris causa" em Sociologia, Filosofia e em Historiografia Eqüestre por Universidades estrangeiras, Professor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e Coordenador das Disciplinas Pedagógicas do Instituto de Artes do Planalto da UNESP, Ppe. G.M. da Ordem Soberana dos Cavaleiros do Coelho de Ouro.


Ordem Soberana dos Cavaleiros do Coelho de Ouro


Pelo Decreto de 10-9-2001 do Governador do Estado de S. Paulo, Dr. Geraldo Alckmin, recebeu a Grã Cruz da Ordem do Ipiranga e a nomeação para Membro do Conselho Estadual de Honrarias e Mérito.


SEBASTOCRACIA DE CATAÔNIA E DE COMMAGENA

 

THEOCRACIA ECUMÊNICA
DOMUS AUGUSTA SEBASTOCRACIA CATAONIAE
ET COMMAGENAE DESPOTALIS MARASCH
vel
Organização Institucional da Casa Principesca de Cataônia
- Orcânia -
Personalidade Jurídica n. 11145-A-15
Utilidade Pública lei 2471 - Bragança Paulista

Armas da Sebastocracia Ecuménica de Cataônia

Escudo clássico partido: 1, de goles, uma aspa de prata, carregada de cinco flores-de-lis de azul, que é de Santos, dos Príncipes de Bermuez dos Longobardos, conforme Privilégio Imperial de 11..XI. 1889; 2. de goles, cruz florida de prata, vazia de campo, que é da Casa de Pereira, do sangue Real dos Lombardos, e dos príncipes de Bermuez dos Longobardos, conforme o Privilégio Imperial de 11.XI.1889. Sobreposto, escudo cortado: 1. de goles, torre de prata, lavrada, frestada e aberta de negro, de cuja base nascem dois riachos do segundo, convergentes à ponta do escudo; 2. de prata, três bandas de goles. O escudo timbrado da coroa heráldica dita dos pais honorários dos basileus (basiliopatores), forrada de púrpura, encimada do globo e cruz de ouro, de dupla travessa. Pendente (de cordão não visível) sob a ponta do escudo, medalhão de prata, com o monograma grego de Cristo em púrpura e bordadura perolada, que é insígnia da Teocracia Ecumênica.O escudo circundado do colar da Venerável Ordem Eqüestre e Religiosa de São Jorge Grão Mártir, Milícia do Lábaro, do Exarcado de Commagena, conforme o Privilégio Imperial de 06.01.1988. Suporte: Água bicéfala de ouro, coroada de tiaras do mesmo em ambas as cabeças, com resplendores, empunhando na garra direita um cetro de ouro, rematado por uma cruz helênica do mesmo, e na garra esquerda um globo de azul cintado e encimado de uma cruz de ouro, de dupla travessa, que é da (dupla) Sebastocracia de Cataônia Commagena. O todo encimado de uma estrela com resplendor de ouro e na metade superior deste, sobreelevada, faixa azul, decorada e gravada em ouro, com a promessa divina ao Imperador São Constantino: IN HOC SIGNO VINCES. No início e no fim da faixa, em ouro, a inscrição do ano, 312, da eleição divina, sob a Chefia Oficial e Jurídica de Dom Waldemar Baroni Santos, sob o nome dinástico Dominus Waldemarus I, O.S+J. Stephanus Emmanuel.

DEDICATÓRIA ESPECIAL A"DOMUS AUGUSTA" Antiquíssima e Augustissima Casa Imp. e Real Apostólica dos Romanos, da Progênie Dardânica Silvia-Julia-Cláudia-Valéria-Flávia, Porphyrogênita Flavia, Isaurica-Ângela-Comnena-Doukagina-Palaiologina, Herdeira Savèn-Pahlavouni Bagration,sucessora De Vincenzi Christo-phárida (Banu'l-'Yakoub), sob a chefia de S.M.I.R.A. Dñus. JOHANNES VII DANIEL IV ALEXANDER AUGUSTUS, Dux Illyrici,reg. no 3° Cartório de Tít. e Documentos de S. Paulo, em 19/3/1990 sob o n.3118258 e na ORCÂNIA, Inst. de UTILIDADE PÚBLICA, Lei 2471 de 28-3-90 de Bragança Paulista.

DEDICATÓRIA HERÁLDICO - GENEALÓGICA


Numa esplêndida lápide de mármore Carrara,esculpi, sobrepujado pela invocação "Bendigamos ao Senhor" escrita em grego e latim, em alusão à crista confraternização histórica entre os povos do Sacro Romano Império no Ocidente e no Oriente, um escudo de guerreiro de blau,envolto de um "cordone d'amore" atado em ponta pelas mãozinhas delicadas de meus netinhos: Tatiana, Caroline e Bianca; Raphael, Patrick e Isabelle, com a seguinte inscrição lavrada em letras de ouro:
"A justa memória de meus antepassados, na pessoa de meu trisavô D.GIOVANNI BATTISTA I, Baroni dei Guarioni,Capostipite di CATAÔNIA, em 1843, e de meus pais:
D.Annibal Pereira dos Santos, de Villanova e de Bermuez dei Longobardi(14-6-1885/06-02-1926) e N.D. Elide Giulia Maria Baroni Santos,di Cataônia,(08-8-1896/22-5-1989).  Q.E.P.D.

A meus irmãos e à minha esposa
N.D. Aracy Domingo D'Aquino e Baroni Santos, dei Castro Reale; a meus filhos e as minhas noras: Tarcísio Armando e Luis Cassio; Magaly e Irene Colette Odile,
os meus agradecimentos pelo estímulo.
W.B,S.,1990."



Ficha Acadêmica

- Egresso do curso superior no Seminário Central da Imaculada Conceição da Arquidiocese de S. Paulo;

- Foi Assistente do Maestro Fúrio Franceschini, na Schola Cantorum e organista, sob a regência do Maestro, na Igreja de Sta. Efigênia(Catedral provisória de S. Paulo), sendo convidado, outrossim, pelo Autor, para fazer a revisão de sua obra clássica Análise Musical;

- Médico Veterinário formado pela Universidade de S. Paulo, tendo sido orador da turma dos Doutorandos de 1939 (Diário de S. Paulo, 12-01-40);

- Fundador e diretor do "Jornal" e depois "Revista do Centro Acadêmico";

- Foi Presidente do Congresso Nacional de Estudantes no Rio de Janeiro. Diploma registrado na USP 1258653 e no CRMV 13.100. Homenageado, em 15-12-04, como o ex-aluno mais antigo, em solenidade comemorativa dos 70 anos da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (Universidade de S. Paulo), onde pronunciou um discurso de agradecimento, publicado pela "INFORVET" da FMVZ de Janeiro de 2005;

- Ppe. Grão Mestre da Ordem Soberana dos Cavaleiros do Coelho de Ouro;

- Sócio fundador da Sociedade Brasileira de História da Medicina;

- Membro de Honra do 1º Congresso de Medicina Militar, 15-7-1954;

- Curso superior de Prof. Especializado em Canto Orfeônico, com currículo de 20 disciplinas. Diploma registrado no Conservatório Nacional do Rio de Janeiro, com visto de Heitor Villa-Lobos. Foi Mestre de Capela, durante 30 anos, da Igreja Sto. Inácio, R. França Pinto, 115, em S. Paulo;

- Curso superior de Piano na faculdade "Instituto Musical S. Paulo." Diploma registrado. Na USP n º 34869;

- Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais com diploma registrado na Universidade Federal de Juiz de Fora, n. 2811-Liv. I;

- Advogado - OAB/SP 34.161;

- Adroit et Membre des Arbitres Extraordinaires des Experts d'Europe, no âmbito do Direito Internacional, com as funções de "Giurisprudenza-Lettres e Scienze Umanistiche-Giornalismo-Scienze Politiche e Sociali"- Roma, 20-02-90;

- Habilitado, por concurso, para Inspetor Federal do Ensino Secundário,DASP-1944;

- Doutor em Psicologia, pela tese "Problemas de Psicopatologia Analisados à Luz da Fisiologia Hormonal 7-8-70, publicada no "Correio da Zona Sul" SP de 17/IX a X-1974, depositada no Ministério de Educação e Cultura, no processo n. 1121 de 07-11-1951 para o exercício do Magistério superior. Por motivos de "notório saber", por trabalhos publicados ou "honoris causa";

- Doutor em Leis pelo Ministerial Training College, Sheffield, Yorkshire-England,1956;

- Doutor em História pela Internacional University of Humanistic Studies, Florida, 1988; Doutor em Biologia pela Féderation Europeénne de Naturopathie, Lausanne, Suisse,1982;

-Doutor em Teologia e Professor convidado permanente pelo Instituto de Altos Estudos Históricos Eclesiásticos e Acadêmico Colegiado da Academia - Internacional de Teologia, em Buenos Aires, Argentina, 17-10-04; Doutor em Medicina pela "The Hinpocratic University de Cos, Chipre, 20-8-1965;

- Doutor em Heráldica e Direito Nobiliário pela Academia Argentina de Etiqueta;

- Curso de Especialização de "Fenômenos Parapsicológicos do Conhecimento" na Escola de Enfermagem do Hospital SP. Paulo do Ministério de Educ. e Cultura, 1964;

- Cursos de extensão universitária: 'Fundamentos da Música Polifônica" e "Folclore ", IAP da Universidade Estadual Paulista (UNESP);

- Foi homenageado pelo Congresso Nacional (Anais do Congresso, Brasília, 16-4-1985); pelo "ECO", Funchal, Ilha da Madeira, 1985; pela "Academie du Périgord " França; pelo Bragança Jornal etc (Cf. WBS -Tratado de Heráldica, vol, III, p.23);

- Professor Titular e Chefe do Departamento de Ciências Técnicas e Administrativas na ESAN agregada, na época, à Pontifícia Universidade Católica de S. Paulo;

- Bancas de concurso; Participou da Banca de Concurso para Livre-Docente, ECA / USP, 13/16-VI-1988;

- Como Coordenador do Projeto Rondon, em 1973, viajou, em aviões da FAB, entre Guaíra e Acre, para avaliar o trabalho dos universitários, sediados em regiões;

- Como Jornalista Profissional, rcg. DRT-MT 9132, foi Assessor da Diretoria do Diário Popular, SP;

- Diretor Superintendente do Correio da Zona Sul, SP. e da Folha de Vila Mariana. tendo, outrossim, editado importantes colunas, como colaborador efetivo do Bragança Jornal Diário no âmbito do Direito, da Heráldica e de outras áreas de alta cultura, de um Tratado de Heráldica em 3 vol., de "Reminiscências", em 1999, etc.;

- Coordenador do IV Congresso Latino Americano de Imprensa Católica, 15-7-69;

- Como Secretário Geral da OENG-ONU, credenciado pela OEA, esteve presente na Reunião dos Presidentes e Chanceleres americanos, em Punta del' Este, Uruguai, visando a "Aliança para o Progresso";

- Professor Titular de Higiene e Segurança no Trabalho da ESAN/PUC aprovado pelo processo n, 134.939/59 da Diretoria de Ensino Superior do Ministério de Educação e Cultura e Parecer n. 799/60 de 04-1-1961 do Conselho Nacional de Educação;

- Registros Definitivos de Professor: Biologia Educacional e Terapêutica pela Música N. 1047 de 27-10-50; Ciências Naturais n. 8202 "de 30-11-1948; Português, Latim e História Natural n. 8202 de 30-11-1948; Psicologia Educacional e Filosofia da Educação n.1121 de 07-2-1961; Física e Química, Biologia e Merceologia n 1400 de 21-2-54; Português, História Geral e Ciências Naturais n. 13.440 de 31-7-1945; Latim, Português, Física e História da Civilização, nº. 13.440 de 23-02-1939;

- Presidente, como advogado, da Comissão Permanente Processante de Acidentes em Veículos Oficiais, Portaria n. 12/82 do IAP/UNESP -Diário Oficial de 27-.02-1982;

- Chefe de Departamento da Educação no IAP -Diário Oficial de 26-3-1981;

- Professor-Adjunto aposentado da UNESP, sob regime de trabalho RDIDP, onde, além de outros cargos, íbi Coordenador das Disciplinas Pedagógicas;

- Professor de Ciências Psicológicas e Membro Correspondente do Instituto International des Hautes Études Biologiques de France, 17-10-1958;

- Professor Livre Docente (Vénia Docente) da Universidade de Belas Artes de Buenos Aires, 08-9-1961;

- Best Scholar pelo International Writers and Artists Association, 31-12-1999;

- Presidente fundador da Academia Brasileira de Ciências Sociais e Políticas;

- Acadêmico Honorário e Conselheiro Científico da Academia Siciliana per Le Scienze etc, ;

- Professeur de Psychologie-Certificat de fin d' études efSpécialité et niveau des Études dTIygiène vitale'ct Prof. de Relaxation (12-01-82) et de Psychologie (23-02-82) "Instituí d'Hygiéne Naturelle, de Paris;

- Intellectual and spiritual greatness- "International Writer Associations '"Fraternity"-USA, 22-5-1999;

- Ministro Presidente do Instituto Internacional de Administração e Justiça da Suprema Confederação Imperial Ottomano-Bizantina.

- Docteur d'État ès Lettres et Sciences Humaines - Option Histoire. Tese em francês, com 700 páginas, em 3 volumes, defendida em 26-6-1984 na Université de Reims-França. Certidão com as chancelas do Ministre das Relations Extérieures de France, do Consulado Geral do Brasil, em Paris, e de R. Maniglier, Chef de Ia Scolarité, pour le Secrétaire General, reconhecido, em sessão de 12-9-85, pelo Conselho Universitário da UNESP, após pareceres das Câmaras de Pós-Graduação e homologado pelo Magnífico Reitor Prof. Dr. Jorge Nagle (Processo n. 227/84-RUNESP-Despacho n.2677/85- D.O.E. 28-10-85) e Portaria do Vice-Reiíor de 25-X-85;

Sendo este o maior de todos os títulos alcançados pelo Professor Doutor Waldemar Baroni Santos, o de Doutor de Estado:

Docteur d'État


A fama de sua Universidade projetou-se na Universidade Estadual Paulista (UNESP), a ponto de nos candidatar a uma defesa de tese a fim de conquistarmos o título de Docteur d'État (Doutor de Estado), praticamente desconhecido no Brasil.
Em todas universidades do mundo, incluindo a de S. Paulo (USP), a da Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), a de Coimbra, Cambridge e outras, é concedido, apenas, um grau de Doutor que, em França, se diz Docteur de Troisième Cycle, visto que o 1° Ciclo é a Graduação e o 2°, o Mestrado.
Além do Doctorat de Troisième Cycle, há também o de Université e o d' État.
Ouvimos falar, não temos certeza, que o governo socialista de Mitterand aboliu essa gradação hierárquica, por achá-la muito elitista. Temos, como certo de que, com o retorno de um Presidente, não comprometido com o Socialismo, será restabelecida esta esplêndida dignidade que se constitui numa das maiores glórias do mundo universitário francês.
Para a conquista deste último grau é necessária uma tese de "altíssima qualidade", conforme texto do Regulamento oficial que disciplina as defesas de tese.
A notícia de nossa defesa, primeiro passo desta longa caminhada, como acontece com todos os candidatos, foi publicada em Outubro de 1985.
Este título confere, ao candidato aprovado, o mais elevado grau em todo o mundo. Dá, ao novo Doutor, o direito de pleitear o cargo de Professor Titular em qualquer universidade do país (em França há 180, todas oficiais), além das prerrogativas de Mestre de Conferências. Não são poucos os doutores de Estado que foram eleitos para participarem do internacionalmente conhecido Instituto de França.
Este famoso Instituto funciona em prédio majestoso, imponente e belo, cujos membros representam a mais nobre, a mais alta posição cultural de França. Consta ele de cinco classes: l'Académie Française, l'Académie des inscriptions et belles-lettres, l'Académie des sciences, l'Académie des beaux-arts et l'Académie des sciences morales et politiques.
Cada Academia possui um regime independente.

Contamos com o apoio dos diretores do Instituto de Artes da UNESP, Prof.Dr. Manoel Lelo Bellotto e o Prof. Alfredo João Rabaçal, que nos aconselharam a terminar um trabalho, aproximadamente já com setecentas páginas, que nos vinha causando imensa fadiga. Esta decisão levou-nos a traduzi-lo com o título de "L'Héraldique Brésiliènne comme science auxiliaire del'Histoire et ses rélations avec l'Héraldique des Pays Latins - essai de Droit Nobiliaire."
Não é fácil redigir um texto cuja matéria se oculta num difícil aglomerado de obras raras, trancadas, a sete chaves, em bibliotecas do Brasil e do exterior. Quase nada havia que nos pudesse auxiliar em nossas pesquisas. Mergulhamos, sozinho, em profundas meditações, como fazia Emmanuel Kant, o grande filósofo alemão. Preparamos e cozemos, num caldo de cultura, argumentos e deduções, muitos deles, absolutamente inéditos, a fim de estruturar, com segurança, este nosso empreendimento.
Os candidatos à uma defesa de tese devem se convencer de que é preciso dedicar-se, com afinco, aos estudos e às pesquisas. Devem estar preparados para não serem apanhados de surpresa. Não se limitem, apenas, ao âmbito restrito do assunto versado no texto da tese. Ninguém pode adivinhar o que passa na cabeça dos examinadores. Não é nada difícil que, às vezes, dêem uma escapada e enveredem para um caminho paralelo, nem sempre relacionado com o tema da tese, com o objetivo de avaliar o grau de cultura do candidato.
As decisões de uma Banca são soberanas. Não existe a possibilidade de, como nos casos de defesa de um réu, o advogado reclamar ao Juiz de que tal proposta, sugerida pelo Ministério Público, não consta nos Autos. Não existe a figura da "Apelação". Em nada se assemelha a um Júri de um Tribunal de Justiça.
Estas informações são destinadas, reservada e exclusivamente, a prezados ex-alunos nossos que sempre contaram com nossa dedicação e amizade. Não fora isto, não teria sentido divulgar estas intimidades que, pouco ou nada, podem interessar a terceiros.

A propósito de nosso comportamento silencioso e reservado, lembramo-nos de uma passagem da vida de Santo Tomaz D'Aquino em que, constantemente, vivia recolhido com seus pensamentos, mudo e retraído. Certa feita, no refeitório dos monges, estava lá, silencioso, sem tocar no prato de refeição. Seus confrades jamais ousavam interromper o seu silêncio, quando de repente, pregando um susto nos frades, deu um murro na mesa e exclamou " Achei!". De fato, tinha encontrado um argumento "heróico" - como se diz em Medicina - imbatível e impossível de ser contestado, para numerosas questões que compõem a sua maravilhosa, fantástica e extraordinária "Summa Theologica". - O que lhe valeu os títulos de Doctor Eximius, Venerabilis Frater, Doctor Communis, pelo Papa Pio XI, Doctor Angelicus, por Pio V, e Doctor Noster.
Os estudos de Santo Tomaz, que alcançaram o Infinito, nos recônditos sagrados dos anjos do Senhor, inspiraram ao Pontífice quando da outorga do título de Doutor Angélico. Não será, pois, necessário declinar-lhe o nome, basta-lhe o título, como ficou conhecido dentre os sacros escritores.
Em 29-6-1923, Sua Santidade o Papa Pio XI, pela Encíclica Studiorum Ducem, determinou que seria este, o texto de Sto. Tomaz, obrigatório, nas classes dos Seminários. Foi nesse ambiente, que estruturamos a nossa formação acadêmica e que nos foi, de muita valia, em novos estudos universitários.
Curioso! Arquimedes (267-212 antes de Cristo), o inigualável matemático da antiguidade, que vivia às voltas com suas pesquisas, num ímpeto de entusiasmo, exclamou a famosa palavra grega "Eureca!" - achei, do verbo
euriskv, ao perceber que a água de sua banheira subia, à medida que seu corpo aí mergulhava.

Ptolomeu de Luca, certa vez exclamou: "Modernos Doctores (Thomas) transcendit in Philosophia sive in Theologiam sive ín quacunque matéria secundum communem hominum intelligentiam et opinionem, et inde in schola hodie Parisiensi communis Doctor appellatur propter suam claritatem doctrinae". Abstemo-nos de proceder a tradução deste depoimento maravilhoso, para não prejudicar o sabor do texto original.


Documentum I


Université Paris X-Nanterre
Avenue de Ia Republique, 2001- NANTERRE.
Enregistrement au Fichier Central des Thèses: 8109
Certificat d'Inscription
Le Secrétaire General de l'Université de Reims Certifie que Mr. BARONI SANTOS, Waldemar, né le 30-mai-1915, Numero national dldentité— est inscrit pour l'année 1980-1981 à DER Lettres et Sc.Humains en Doctorat d'Etat - Histoire. Reims, le 1-12-80. (Ass.) Pour le Secrétair General (Carimbo da Instituição) II ne será delivré qu'un seul exemplaire de ce certicat. Les étudians voudront bien em faire établir des photocopies.

No decorrer da sessão de defesa, o Prof. Dr. Maurice Crubillier, professor emérito de História Contemporânea, da Universidade de Reims, não se conteve e secundado pelo Prof. Michel Pastoreau, da Sorbonne, exclamaram entusiasmados: "Como é fascinante esta matéria!" Juntaram-se a eles os professores Yves-Marie Bercé, de História Moderna na Universidade de Reims, nosso orientador da tese; Jean-Pierre Labatut, de História da Universidade de Limoges e Jean Décrains, de Literatura Francesa da Universidade de Reims e Presidente do Júri.
Aí estão os cinco luminares que participaram da Banca que, em França, chamam de "Jury".
Antes da Defesa, o Regulamento exige do candidato uma ligeira explanação do conteúdo da tese, para conhecimento dos convidados, para que possam acompanhar, com interesse, o desenrolar do feito.
Perguntas e mais perguntas, de roldão, se atropelavam umas sobre outras, envolvendo temas os mais difíceis.
Tivemos o cuidado de mergulhar de cabeça, na biografia do Cardeal Armand Jean du Plessis de Richelieu, na área governamental da França e de todas as suas fantásticas lutas contra a Casa da Áustria, em 1624 e contra a Espanha, em 1635. Muitos fatos históricos emolduram esta rica biografia, dando-nos conta da importância da magnífica "Cidade Luz". Assim é apelidada Paris, por seus historiadores.
Prudência e caldo de galinha nunca fazem mal a ninguém! Não convinha facilitar. Vamos que algum membro do Júri, a pretexto de que estávamos defendendo uma tese sobre História, resolvesse nos abalroar com esses argumentos.
Mas não ficamos livres de Aristóteles e de outros filósofos da Grécia antiga e da Idade Média que marcaram presença, nesses debates.
Ao saberem-nos advogado, não perderam a oportunidade de nos inquirir sobre a história do Direito antigo e medieval, do envolvimento do Direito Canônico com o Direito Romano, dos problemas jurídicos que sofreram a intervenção da Igreja, numa orquestração engendrada. Não ficaram esquecidos os famosos códigos de Hamurabi e de Manu, a histórica Lei das Doze Tábuas, a Carta Magna de João Sem Terra promulgada em 1215 e, mais modernamente, sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos, editada em 1945, em São Francisco, discutida e aprovada em 1948, pela ONU e a Carta de Bogotá, de 1948, que hoje está na crista da onda, inquirindo, vasculhando e apontando os países que não a observam. Nesta mesma época, após vinte anos, entram à baila discussões sobre a organização dos Estados Americanos, que contaram com o aval da Argentina, em 1967.
A atmosfera deste sacro ambiente ficou impregnada de cultura clássica.
É um procedimento compreensível e justificável. Não se admite a menor vacilação. Afinal "Docteur d'État" é "Docteur d'Etat !"
É claro! Os membros do Júri são notáveis e tidos como autoridades eminentes por seus colegas de ofício. Os professores, em França, são conhecidos por suas especialidades. Uns, de História Antiga; outros do séc. V°, do séc. IX° e assim por diante.
Os problemas da Heráldica foram esmiuçados, pelo Prof. Pastoreau, eminente heraldista de fama internacional.
Não foi nada fácil, para um modesto professor que viera de um país que nascera em 1500, após os tempos medievais, visto que este período terminou em 1453 com a tomada de Constantinopla pelos turcos.
Estávamos entrincheirados, em uma pequena mesa à frente da Banca, atrás de uma montanha de páginas do texto da tese e de um sem número de fichas, frutos de pesquisas feitas na Sorbonne. Esta Universidade é oriunda de um colégio de estudos superiores de Teologia, fundado, em 1257, pelo teólogo francês Padre Robert de Sorbon, para alunos carentes desejosos de seguirem a carreira eclesiástica. Aí vasculhamos tudo o que nos fora possível, deixando o bibliotecário, no começo tão gentil, completamente aturdido.
Passado o tempo regulamentar, deu-se por finda a nossa defesa. Fomos, então, convidados a nos retirar do recinto e nos acomodar em uma salinha ao lado, para aguardar o veredicto do Júri.
Vinte minutos pareceram-nos vinte anos!
Parece exagero. Mas não é não.
O nervosismo e a ansiedade tomaram conta de nosso ser. Não é brincadeira dedicar-se durante tantos anos a pesquisas severas e cansativas e fazer viagens em países tão distantes.
A única ajuda que recebemos foi a licença remunerada, da Universidade, publicada no Diário Oficial, para nos ausentar do Brasil, com a finalidade de nos submeter a uma defesa de tese.(D.O.E. 28-6-1984, p.56).
Dentro em pouco, o "meirinho", ou melhor, o Secretário da Mesa bateu, suavemente, a porta da saleta.
- Monsieur, faites-moi le plaisir d'entrer.
Os franceses são notáveis por sua elegância e pelo trato cerimonioso, com as pessoas. Nada pedem, sem a tradicional reverência, como que se estivessem dirigindo a Sua Magnificência o Senhor Reitor.
O veredicto não se fez esperar:
"Em nome do Governo Francês, proclamou o Presidente, em tom solene e litúrgico, o Júri decidiu, por unanimidade, conferir-lhe o título de Docteur d'État ès-Lettres et Sciences Humaines, option Histoire, avec Ia mention Honorable".
Reservamos para nós a privacidade de nossa profunda e grande emoção. Lembrando-nos de Donizetti, fechamos os olhos, para reabsorver as nossas "furtivas lágrimas". Introduzimo-nos em nós mesmos e no recôndito de nossa alma, elevamos o nosso coração ao Senhor, num ato de profundo agradecimento. Não está em nós descrever esta cena. - Faltam-nos palavras, faltam-nos engenho e arte!
Mais tarde, após a solenidade, em uma reunião fraterna, estourou-se champanha, em homenagem, ao novo Doutor.
"Vossa Senhoria, diz-nos o Secretário, deverá, amanhã cedo, dirigir-se à Presidência da Universidade que lhe fornecerá um Certificado que será assinado pelo Senhor Presidente, pelo Chefe de Escolaridade, Senhor R. Maniglier, pelo Senhor Ministro das Relações Exteriores de França, pelo Consulado Geral do Brasil, em Paris e demais outras autoridades oficiais, que acompanharão o Atestado de Inscrição no Fichário Central das Teses, que lhe dará o direito de pleitear uma cátedra de Professor Titular em qualquer de nossas universidades e proferir conferências que serão agendadas, previamente, segundo as suas conveniências. Deste documento só lhe será fornecido um original. Em caso de extravio, é impossível fornecer-lhe outro. Mais tarde, se for de seu interesse, poderá substituí-lo por um solene diploma.
Todos os seus documentos, como a autorização do Ministério de Educação Nacional, publicada no Jornal Oficial, para a realização da sua defesa de tese; Ata da Defesa com as assinaturas de todos os membros do Júri; Ato de designação dos membros do Júri, com seus respectivos títulos; Atestado do Registro do titulo da tese a ser defendida, na repartição pública competente; Certidão de Inscrição da tese e sua respectiva motivação na Secretaria da Universidade e outros mais serão enviados, diretamente, por via diplomática, ao Magnífico Reitor de sua Universidade, no Brasil."
Realizou-se, assim, a cerimônia de Colação do Grau de Doutor de Estado.
Esta defesa., seguida da outorga do título de Doutor de Estado, - a mais elevada dignidade acadêmica - além dos privilégios costumeiros, acaba de nos conferir e reconhecer autoridade jurídica para discutir, ex-cathedra e a nível universitário, qualquer questão ou litígios no âmbito da Heráldica. Não nos consta que em qualquer outra Universidade do mundo, tenha havido apresentação de outra tese, relacionada com a Heráldica e com o Direito Nobiliário.
Meses após, o Magnífico Reitor da UNESP deu a notícia, ao Diretor de nosso Instituto, de que nossos documentos estavam na Reitoria, à nossa disposição. Foram-lhe entregues, pessoalmente, pelo Cônsul Geral de França em São Paulo.
Deveríamos, agora, requerer à Universidade para que tais documentos, todos com tradução juramentada como manda a Lei, acompanhados por sua respectiva tese sejam reconhecidos pela Universidade.
O Processo de Equivalência de título tomou o n° 227/84, com data de 01-8-1984. Um calhamaço de 78 folhas e mais os três volumes da tese percorreram as diversas Câmaras de Pós-Graduação da UNESP, para serem cuidadosamente analisados e, munidos de diversos Pareceres, enviados, em obediência ao artigo 2° da Resolução UNESP n°s 25/81, ao Instituto de História e Serviço Social de Franca, SP, sob a direção do Prof.Dr. Manuel Nunes Dias
Foi nomeado, para Relator, o Prof. Dr. Álvaro Lorenzini que, em seu Parecer, deixou o seguinte depoimento: "Examinando inicialmente do ponto de vista de sua idoneidade, não subsiste dúvida de que este título de Doutor de Estado, como tal, reveste-se do mais alto mérito, seja pela honorabilidade da Instituição que o outorgou, seja pelas qualidades indiscutíveis da tese, um alentado trabalho de 700 páginas, fartamente documentado, ao qual foi atribuída a menção "Honorable" por uma ilustre banca de especialistas."
Em seguida, após um ano de percurso, foram os documentos remetidos ao Conselho Universitário, reunido em sessão de 12-9-1985, para deliberação.
Documenta II
Logo, a seguir, o Magnífico Reitor Prof. Dr. Jorge Nagle editou o seguinte Despacho:
Unesp-Universidade Estadual Paulista - Reitoria.

Proc. 227/ 84-RUNESP (an.3 livros)-fls.48 Interessado Waldemar Baroni Santos.
Despacho n.2677/85-RUNESP
"No uso de minhas atribuições legais e tendo em vista a deliberação do Conselho Universitário, em sessão de 12/9/85, RECONHEÇO o título de Doutor de Estado em Letras e Ciências Humanas, opção História, obtido por Waldemar Baroni Santos na Universidade de Reims, em França, como equivalente ao título de Livre Docente. Encaminhe-se ao Instituto de Artes do Planalto. São Paulo, 23 de setembro de 1985 (Ass. JORGE NAGLE, Reitor)".
No dia 26-10-85, o Diário Oficial do Estado publicou a seguinte Portaria de 25-10-85, do Vice Reitor em exercício:
"Campus de São Paulo de Piratininga. Proc. 323-80-1 AP- Vol.II, apostilar a Portaria de integração de Waldemar Baroni Santos,  para declarar que, tendo em vista o dispositivo no artigo 80 do Estatuto da UNESP, combinado com a Resolução UNESP 45-80 e com os artigos 132 e 137 do Regimento Geral, passa a exercer a função de Professor Adjunto, classificada no Departamento de Música, fazendo jus ao salário correspondente ao valor da referência MS-5, acrescido da gratificação por mérito, correspondente àquela função a partir de 25-03-85, nos termos da Resolução UNESP 14-83, correndo as despesas pelas verbas próprias do orçamento vigente."

A Imprensa de diversos países, incluindo o Brasil, deu ampla cobertura a este acontecimento, pondo-se em especial relevo, a homenagem que nos prestou o Congresso Nacional (4).
Aos que pretendam defender alguma tese de Doutoramento e são carentes de orientações, será muito útil consultar, também, o Decreto Federal n. 87.814, os comentários de Ricardo Bonalume Neto, além das publicações e orientações da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que entrevistou cerca de 8.700 mestres e doutores formados na década de 90. "Isto mostra que o mercado , em geral, reconhece o esforço (do profissional ) em se qualificar" diz Jacques Velloso, professor titular de economia da educação da UnB e coordenador da pesquisa (Cf. Folha de S. Paulo, Folha Classificados, 04-7-2004).

 

REIMS


A que vem esta descrição da cidade de Reims? E que foi ela que, carinhosamente, nos acolheu para nos conferir a maior dignidade cultural de nossa vida. Devemos-lhe este favor.
A cidade de Reims goza de um extraordinário prestígio na História da França. Fatos importantíssimos ocorreram nesta bela cidade situada, ao Norte da França, na Champagne-Ardenne.
A frente de um exército, Joana D'Arc conduziu Carlos VII à esta cidade, tida por "Capital das Coroações", desde Henrique I, em 1027 até Carlos X, em 1825, para ser sagrado e entronizado rei de França. Em homenagem a ela ergueu-se, em praça pública, uma belíssima estátua.
Sede de Bispado desde 496, hoje Arcebispado, possui a magnífica Catedral de Notre Dame no mais legítimo estilo gótico, erigida em 1211. Quase foi destruída pela sanha incontida dos alemães que, há sessenta anos atrás, durante a Primeira Grande Guerra, a bombardearam, por várias vezes, e quase a demoliram. A valente população de fieis a reconstruíram, recompondo, peça por peça, suas estátuas mutiladas e desfiguradas, que enriquecem os três portais, e os vitrais projetados por Jean d'Orbais; as três rosáceas e outros adornos arquitetônicos de real valor artístico. Há, nesse conjunto, a escultura de um "Anjo que Ri", cujo pôster está presente em todos os restaurantes, em todos os institutos e em todos os estabelecimentos da cidade.
Reims vive sob a proteção desta imagem bendita.
Desde os séc. XI ao XIII, encontra-se aí a famosa abadia de São Remígio, com a bacia de pedra, como relíquia, onde foi batizado o rei Clovis. A par desta resplendente basílica, há o Museu do Tau, onde se encontram o manto de veludo azul, todo bordado a ouro, e demais peças litúrgicas que serviram para a sagração de Carlos X.
Como capital da província da Champagne, possui inúmeras cavas, onde se fabrica a magnífica e inigualável champanha.Há, ainda um histórico Arco Romano. Na Rua Pierre Taittinger, 57, temos a sede de uma grandiosa universidade-DER. Lettres et Sciences Humaines, onde se realizam, além dos cursos de graduação, conferências, diálogos, seminários e defesas de teses que contam com a participação assídua de professores, alunos e convidados.
O clima é ameno e muito frio no inverno.A população é alegre, hospitaleira e amável. Sempre pronta a atender os turistas em suas menores dificuldades.
A cidade de Reims fica entre Paris e Luxemburgo. Por via férrea, em vagões confortáveis, em poucas horas, chega-se a este heráldico Grão Ducado, com inúmeras agências que se prontificam a conduzir os turistas a seus famosos castelos e às interessantes construções dos tempos da Idade Média! E um prato cheio que satisfaz aos mais exigentes estudantes de História.
Os ofícios religiosos, nas igrejas de Reims, são acolhedores e nos transmitem muita paz, principalmente, pelos cânticos regidos por uma competente maestrina. Tem-se a impressão de que se está presente, num mosteiro dos beneditinos de Solesmes, a entoarem um celestial gregoriano. De mãos postas, seguem as normas da música sacra do Santo Papa Pio X.

A cultura do povo é fora de série.
O Dia da Música é comemorado com indescritível satisfação e a cidade amanhece coberta por uma atmosfera sonora de estilo clássico. De todo os cantos, de todas as casas emergem sons acalentadores e alegres, atendendo a todos os gostos.
Um passeio em suas praças, à tardezinha, é sempre um programa que deixa saudades.

    
Catedral de Reims onde os reis de França eram coroados

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DISTINÇÕES HONORÍFICAS OFICIAIS

 


1-  Grande Oficial da "Ordine della Corona d' Itália" por S.M. Umberto II, Rei de Itália, Roma, 25-5-1946.
2-  Grã-Cruz da "Ordine dei Sti. Maurizio e Lazzaro" por S.M Umberto II, Rei de Itália Roma, .27-5-1946.
3-  Marechal Honorário da Allied Resistance Force IMOS, 34-12-1948
4-  Medalha The Commerative War Medal of Eisenhover,USA,24-12-48
5-  Brevet The Internallied Distinguished Service Cross, USA, 24-12-48
6-  Agente Diplomático do Principado Soberano de Kassala, Sudão Anglo-Egípcio, 27-2-1953.
7-  Comendador da Education Sociale, Paris. 26-5-1953
8-  Ministro Plenipotenciário do Principado de Kassala,
9-  Medalha de Mérito e Membro de Honra do Congresso Brasileiro de Medicina Militar, 15-7-1954.
10- Medalha Marechal Souza Aguiar, Ministério da Justiça, 02-6-1955.
11- Medalha Marechal Hermes, idem,.ibidem, 07-9-1955
12- Comendador e Estrela de Mérito de IIª Classe da Legion des Voluntaires du Sang, Paris, 29-5-1956.
13- Coronel Honorário do Moviment de Résistance St. Denys, 18-6-1958
14- Citação por Serviços Meritórios, Bruxelles, Bélgique, 10-4-1959.
15- Grã-Cruz da Ordem do Albatroz do Museu Naval da Guanabara, 1962
16- Distinção San Martin-Bolivar do Instituto Interamericano de Union Economica por Mercado Comum, Argentina, 29-12-1962.
17- Honra ao Mérito Prefeitura Municipal de S. Bernardo do Campo, 1968
18- Medalha Escolar Marechal Rondon, Museu de História. RJ, 01-4-1969.
19- Cidadão Bragantino. Decreto Legislativo n.3 de 9-7-1975
20- Troféu Prefeitura Municipal de S. Bernardo do Campo SP,31-12-1975
21- Citação na "Perizia Giurata Stragiudiziale Pretura Unificata di BergamoTribunal di Bergamo n.5401 de 31-5-1979
22- Cônsul Honorário da República Polonesa no Exílio, 29-5-1980
23- Medalha de Mérito da Associated Special Investigators and Police International, Canadá, 10-6-1980
24- Medalha do Conseil du Puy de Dome, França, 5-2-1981.
25- Membro do Comitato d'Onore- Premio Internazionale Europa-Pace Progresso, Roma, 10-10-1981.
26- Perizia Giurata Stragiudiziale 22641 de 23-12-1981- Tribunal de Bergamo, reconhecendo os seus direitos dinásticos.(Reg. 2° Cartório de Títulos e Documentos de S. Paulo, n. 1347966 de 22-12-1988).
27- Membro Titular da Ordem dos Bandeirantes, SP, 13-8-94
28- Colar Ibrahim Nobre -Governo do Estado de SP, 09-7-03
29- Kentucky Colonel.- Nomeação do Governador Paul E. Patton, Estado de Kentucky, USA, 22-01-02.
30- Cav. Grã-Cruz da Ordem do Ipiranga do Governo do Estado de SP-( DOE de 26-9-1001).
31- Almirante em Chefe da Grande Marinha do Estado de Nebrascka, USA, nomeação do Governador Mike Johanns, 25-6-02.
32- Ambassador of Goodwill da Commonwealth of Kentucky, USA, Governador Paul E. Patton, 03-9-02.
33- Honorary Fellow Australian-Asian Institute of Civil Leadership, 17-10-05.
34- Honorary Addisory Professor of the Australian-Asian Institute of Civil Leaderschip.
35- Medalha Rosa da Solidariedade, Governo do Estado de SP, 11-3-04
36- Secretário do Conselho Estadual de Honrarias e Mérito do Governo do Estado de S. Paulo.
37- Medalha "Solar dos Andradas" da SOAMI-CPOR/SP,- 06-4-2006.
38- Sagrado, com os Santos Óleos, como Ppe. Cristão, em solene pontifical, pelo Bispo Diocesano de Bragança Paulista, Dom José Lafayette Ferreira Alvares, em comunhão com a Santa Sé Apostólica, em 01-11-1976. (WBS-Tratado de Heráldica, vol. II, p. 273 e Bragança Jornal de 30-10-76, 13-11-76 etc. e .III Cartório de Tít. e Documentos S.P. reg. n. 3118256 de 13-111-1990.)

 

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ALGUMAS DIGNIDADES OFICIAIS
conferidas ao Autor


- Institut de Documentation et d'Etudes Européennes
"En vertu des dispositions et sur base des mérites et qualifications du récipiendaire, le CONSEIL ACADÉMIQUE de l' Institut de Documentation et d' Etudes Européennes rend officielle Ia nomination de S.E.Dr.Waldemar Baroni Santos en qualité de Membre d'honneur du Conseil académique international et Conseiller Spécial". Namur, Belgique, 25-4-79

- The Military and Hospitaller Order of Saint Lazarus of Jerusalem.
Grão Mestre: Ppe. Don Francisco de Borbon y Escasany, Duque de Sevilha e Grande de Espanha.
Commander (CLJ), Malta, 29-8-1994

- Ordens da Casa Real d'Itália:
S.M. Umberto II

- Ordine della Corona d'Italia.
Grand'Ufficiale, colla qualifica di Conte di Midila. Roma, 16-5-1946
Firmato: Umberto; Contrassegnato: Lucifero.

- Ordine dei Santi Maurizio e Lazzaro
Gran Croce, Conte di Midila, Roma, 27-5-1946 Firmato: Umberto; Contrassegnato: Revel.

- Lettera: Ordres Dynasdques de la Maison Royale de Savoie - Vésenaz, Suisse. "Gran Signore ed Amico, Le envio la lettera con la quale la Gran
cancelleria dell'Ordine Mauriziano mi comunica che il suo nome è stato ufficialmente inserito nel Ruolo dei Cavalieri.
(Ass.) Conte Prof..Dr. Silverio Signoracci, Gran Priorato d'Itália."

- Ordem de Malta
Ordo Sancti Joannis Hospitalis Hierosolymitani
Sub constitutione mandatoque Jugoslavae Regis Petri Secundi concesso.
Balius Magnae Crucis Justitiae
Malta, in festo Sancti Joannis MCMXCVIII.

- International Association of Educators for World Peace-NGO, United Nations & UNESCO.
Member in Good Standing Prof. Dr. Waldemar Baroni Santos, founder.
In Recognition for outstanding service to the community and notable concern for all people, 15-6-1989.

- Ordem Greco-Ortodoxa do Santo Sepulcro
S. B. Benedictus I Patriarca de Jerusalém (diploma redigido em grego)
Trad.: Panhypersebastos (Alteza Celsíssima) kai (e) Kyrios (Senhor)

- GRANDE OFICIAL Reg. 8-3-1967-55/GO/1967.
Selo: Benedictos Patriarché Yebosolymon Patos Archon.
(cf .Tierra Santa - Repercusiones en Jerusalen de la visita del Papa Paulus VI, Enero,1965, p.19. Nessa ocasião, Sua Santidade foi recebido, em Jerusalém, pelo Patriarca Sua Beatitude Benedictus I).

- Ministério da Justiça e Negócios Interiores
Medalha Marechal Souza Aguiar, 02-6-1955
Medalha Marechal Hermes, 07-9-1955

- Museu Naval da Guanabara
Grã Cruz da Ordem do Albatroz, 13-12-1962

- Santa Sé (SS. Paulo VI)
Benedizione Pontifícia, colla qualifica di Conte di Sto. Ignazio, 14-7-1967.

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OBRAS DO PROFESSOR DR. WALDEMAR BARONI SANTOS

1) O Jovem Naturalista, 1941.
2) Tratado de Heráldica, em três volumes: I/1978, com 322 páginas, II/1990, com 316 páginas e III/2004, com 288 páginas.
3) O que é bom saber sobre Higiene e Segurança no Trabalho, na Indústria e no Campo, Ed. Vulcabrás, SP
4) Higiene Segurança no Trabalho, apostilas editadas pelo Centro Acadêmico Morvan Dias de Figueiredo da ESAN/PUC, na qualidade de 1°
professor desta disciplina de ensino superior, credenciado pelo MEC.
5) Enciclopédia Decimal em parceria com o prof. Arlindo Veiga dos Santos.
6) A Heráldica dos Bispos de São Paulo, em "Igreja nos Quatro Séculos de São Paulo", com 584 páginas.
7) Redator da Rev. "Gama Estudantil", 1954/ 58.
8) Numerosos artigos e crônicas em revistas e jornais do Brasil e do exterior, em sua qualidade de Assessor da Diretoria do "O Diário Popular" e Diretor Superintendente do "Correio, da. Zona. Sul", SP.
9) Diversas palestras, discursos e conferências.
10) Inúmeros pareceres jurídicos e heráldicos.
11)
L'Héraldique Brésiliènne comme science auxiliaire del'Histoire et ses Rélations avec L'Héraldique des Pays Latins, essai de Droit Nobiliaire. (These pour le Doctorat d'État Université de Reims, FR, 1984). 700 pages de texte. Reconhecido pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. (D.O. 28-10-1985).
12) Problemas de Psicopatologia estudados à luz da Fisiologia hormonal. Tese de doutorado, publ. em "Correio da Zona Sul", SP, de 27/IX a 05/X de 1970.
13) História da Religião e da Igreja,30 cap.em Diário Popular,SP, 1965.
14) Brasões (prelados da Igreja).
15) Diversos quadros, óleo sobre tela.
16) Inúmeras peças de música sacra.
17) Reminiscências – Editora Referência Ltda - 1999.

Diante de tudo isso, teve o professor o cuidado em sua obra Tratado de Heráldica, de elucidar todas as as dúvidas utilizando-se de modelos ilustrados de próprio punho e a bico de pena, e com isso estimulando aos leitores de suas obras a uma melhor fixação dos conceitos, e ao mesmo tempo encorajando-os a se aprofundar na pesquisa. Finalmente que a docência e o saber não estão ameaçados de submergir no naufrágio da decadência e do desestímulo. Fico feliz e engrandecida de ter escolhido esta pessoa privilegiada e de inteligência vitoriosa para esta humilde homenagem, ao Professor e mestre em Heráldica  Prof. Dr. Waldemar Baroni Santos, por sua dedicação ao campo de estudos da Heráldica no Brasil e no mundo. Desejo com este site comemorar sua trajetória como pesquisador e educador exemplar, e celebrar sua discrição, modéstia e despretensão. O professor está, e sempre esteve, mais preocupado com pesquisar, discutir, pensar, ensinar e entusiasmar outros pesquisadores a continuar a estudar e se encantar com o conhecimento do que com sua própria notoriedade, um verdadeiro intelectual.

O nosso mestre Prof. Dr. Baroni é admirado e respeitado por sua integridade, seriedade profissional, paixão pelo saber e enorme capacidade de compartilhar seu conhecimento e de se doar ao outro. Certamente, ele é feito de matéria pouco comum em nossos dias. Eis por que um site que homenageia sua trajetória, sua vida profissional e literária, faz tanto sentido. Temos a esperança de que seu exemplo, materializado nesta singela homenagem, gere ainda mais seguidores dos modos de caminhar e dos caminhos que escolheu trilhar.
Este site é o nosso muito obrigado, caro professor!

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Consuelo Maria Freire Guimarães é advogada, associada da ASBRAP - Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia e do Instituto Genealógico Brasileiro.
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