|
Barão de Ibiapaba
Joaquim
da Cunha Freire
O Barão de IBIAPABA foi o Coronel Joaquim da Cunha Freire, Barão de Ibiapaba, que nasceu no Ceará em 18 de Outubro de 1827 e faleceu no Rio de Janeiro, em 13 de Outubro de 1907. Era filho de Felisberto Correia da Cunha, que faleceu em Piauí em 1832 e de D. Custodia Ribeiro da Cunha, natural de Portugal. Joaquim casou-se com D. Maria Eugenia dos Santos. Dedicando-se a carreira comercial soube acumular avultada fortuna, tendo colaborado para melhoramentos materiais de Fortaleza.governou a Província varias vezes como Vice-Presidente. Chefe político de grande influência, foi Coronel da guarda Nacional; Presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, da Junta Comercial, da Caixa Econômica e Monte de Socorro da Província. Era Comendador da Ordem da Rosa. Foi o 1º Barão desse título, por Decreto de 17 de janeiro de 1874, morava na Rua da Palma nº 50 na cidade de Fortaleza no estado do Ceará.
Joaquim da Cunha Freire era irmão do Visconde de Cauhipe, Severiano Ribeiro da Cunha, nascido em a 6 de Novembro de 1831 em Cauhipe, junto à Soure, na Província do Ceará, em 1856, faleceu em 1938, titular português, por decreto de 1 de Março de 1873, e faleceu em Fortaleza a 4 de Setembro de 1876; casado com D. Euphrasia Gouvêa que era filha de Manuel Castano de Gouvêa e de D. Francisca Agrella de Gouvêa. Desse casamento tiveram a filha:
1. Luísa da Cunha casada com Guilherme Chambly Studart, Barão de Studart.
O Titulo de Visconde de Cauhipe lhe foi conferido pelo Papa, por Breve Apostólico de 22 de janeiro de 1900. Deixou uma vasta obra científica, literária e histórica - é autor obrigatoriamente citado por quem se dedica à história do Nordeste e, de modo particular, à do Ceará.
Brasão
de Armas: Escudo esquartelado tendo o superior da direita e o seu alterno
interceptados cada um por três faixas de prata, carregadas cada uma com um a
flor de Liz purpurina, e dispostas em banda, e aquelas sobre o campo verde; o
superior da esquerda e o seu alterno, carregadas cada uma por nove cunhas azuis
colocadas em três palas, de três cada uma, sobre campo de ouro, e com orla
carmezim, carregada por sete castelos de ouro, sendo três em chefe e os
restantes igualmente repartidos pelos laterais. (Brasão concedido à seu irmão
o visconde de Cauhipe por alvará de 16 de Março de 1874. Reg. no Archivo da
Torre do Tombo Mercês de D.Luiz I Liv.XXIV,fls.243 v).
DADOS HISTÓRICOS DA OITICICA
A história da oiticica começa em 1843, quando Martins a
classificou no gênero Moquilia, da família das Rosáceas. Em 1866, Joaquim da
Cunha Freire, do
Barão de Ibiapaba ,
montou uma pequena fábrica para a extração do óleo das sementes desta rosácea,
para fins industriais. A empresa fracassou no tratamento de óleo e no preparo
de sabão, que dava um produto de má qualidade. Dizem outros que fora devido ao
mau cheiro do óleo e do produto.
Em 1914-
A fase vitoriosa da indústria da oiticica foi iniciada em
Par de legumeiras do Serviço do Barão de Ibiapaba.
Porcelana francesa. 32 x 19 x
Fonte: Dicionário das Famílias Brasileiras, de Carlos Eduardo Barata e AH Cunha Bueno e Almanak Laemmert (1844-1889)